“O pai dela disse que ela tem ansiedade, mas eu tenho ansiedade, várias pessoas têm, e a gente não sai de casa para matar”, desabafou Carlos Magno, irmão do estudante baleado pela ex-namorada no refeitório de uma escola particular na capital piauiense. O crime ocorreu nesta quarta-feira (4) e foi motivado pelo fato de a menina não ter aceitado o término do relacionamento. A vítima permanece em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
ENTENDA O CASO:
- Os dois viviam um relacionamento conturbado e durou apenas um mês;
- No dia anterior ao crime, ela agrediu e ameaçou matar o estudante na casa dele;
- Por ela ser abusiva, ele preferiu pôr um fim na relação;
- A menina era ciumenta e foi detida em posse de uma arma de fogo e uma peixeira;
- O estudante corre risco de ficar tetraplégico;
- O pai dela é Sargento da Polícia Militar do Piauí e afirmou que ela sofre de depressão, ansiedade e problemas psicológicos.
“O BRASIL TODO ESTÁ ORANDO POR ELE”
Em entrevista ao Patrulha, da TV Meio, Carlos Magno, irmão do estudante, contou que a menina era “super tranquila” e foi apresentada à família no dia do aniversário da então sogra há um mês. “Ela premeditou, teve tempo para pensar, depois que agrediu o meu irmão, ainda tentou consumar”, disse.
“A nossa cabeça, da minha mãe, da minha família, está voltada nesse exato momento para a recuperação. Por que por mais que o caso dele é grave, o corpo já estabilizou e ele vai realizar uma cirurgia, o risco de vida ainda diminuiu, mas ele ainda existe [...] a gente quer que todos os responsáveis paguem na justiça pelo que fizeram, porque se fosse o contrário, o meu irmão dando um tapa numa mulher, já queria a cabeça dele, já estava preso. Eu não estou falando de guerra do gênero, nada assim do tipo, mas estou falando que precisa ser tratado igualmente”, desabafou Carlos Magno.
“AVÓ TEVE UM INFARTO, MAS NÃO SABE DA SITUAÇÃO”
A avó do estudante ainda não sabe do ocorrido: “A gente não tem coragem de contar”. O rapaz frequentava a academia, a escola, e às vezes ajudava o pai na padaria. “Era focado em tudo”. Magno questiona o posicionamento do pai da menina e afirma que os problemas psicológicos não justificam o crime, o qual foi premeditado, conforme enfatizou o delegado Tales Gomes.
“A gente quer que nosso irmão volte a caminhar, que ele tenha uma recuperação breve, que Deus coloque a mão nele e faça ele ser curado [...] ninguém merece isso [...] um motivo banal [...] e toda minha família esta muito abalada com isso, está todo mundo orando”, acrescentou o irmão, Carlos Magno.