A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na noite desta segunda-feira (19) em Taguatinga um homem e o sobrinho dele suspeitos de falsificação de bebidas alcoólicas. Foram apreendidas 129 garrafas de uísque e vodca vazias e outras 41 cheias com selo de marcas caras.
Um dos suspeitos disse que havia cerca de três meses que a bebida era adulterada. "É tudo para consumo próprio", alegou.
A polícia também prendeu centenas de lacres plásticos e metálicos de bebida, selos da Receita Federal e frascos de essências. Os suspeitos foram presos em um posto de gasolina quando vendiam uma caixa de uísque a um comprador.
De acordo com a polícia, os homens, de 21 e 23 anos, mantinham um laboratório onde colocavam bebidas de marcas baratas em garrafas de marcas caras. Eles adicionavam essências às bebidas para melhorar o sabor.
"A caixa de 12 uísques vendida no momento da prisão por R$ 300 não custou mais que R$ 60 para ser produzida", disse o delegado-adjunto da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial, Eduardo Escanhoela.
A polícia informou que os suspeitos atuavam há quatro meses em Taguatinga. "O livro-caixa deles tem uma movimentação de cerca de R$ 4 mil na última semana com o comércio das bebidas", disse o delegado.
Os presos não têm passagem pela polícia. Um deles trabalhava como corretor e o outro em uma operadora de telefonia de celular. Os dois podem pegar pena de 4 a 8 anos de reclusão, caso sejam processados e condenados.