A ação foi rápida e, por sorte, ninguém foi baleado. Era por volta de 9h da manhã desta segunda-feira quando pelo menos quatro homens encapuzados e armados com fuzis assaltaram um carro-forte que recolhia dinheiro de um mercado na Rodovia Presidente Dutra, no bairro Califórnia, em Nova Iguaçu. O bando levou R$ 248 mil. Segundo relato de funcionários, quando os vigilantes abasteciam o veículo com o último malote, foram abordados pelos assaltantes. Um dos seguranças chegou a levar um chute na boca ao ser obrigado a deitar-se no chão. Ele foi atendido no Hospital da Posse e liberado em seguida.
Houve troca de tiros no estacionamento do mercado e um disparo atingiu uma das vidraças. Os bandidos estavam em um EcoSport, que foi baleado seis vezes na parte traseira. Dentro do carro, com placa de Araçatuba (SP), foram apreendidos dois revólveres e duas mochilas. O sargento Valentim, do serviço reservado do 20º BPM (Mesquita), foi o primeiro a chegar ao local:
? Estava de folga e percebi a movimentação. Tentei ir atrás, mas eles fugiram.
Um repositor do mercado teve um fuzil apontado para a cabeça durante a ação dos bandidos.
? Corri para os fundos. Um homem apontou a arma, mandando eu entrar. Fiquei escondido na casa de máquinas ? contou, assustado.
Criança ficou na mira dos fuzis
Durante a fuga, os assaltantes correram para os fundos do mercado, na Rua Alan Kardec, e roubaram um veículo. No carro, um Chevrolet Cruze de cor branca (placa KYN 6179), havia um homem, sua mulher e o filho do casal, uma criança de apenas 10 anos.
? Foi desesperador. E o pior é que é a segunda vez que nosso carro é roubado. Há seis meses, ele foi levado por bandidos armados na Via Light ? disse a uma mulher, uma comerciante de 30 anos.
Seu filho chegou a ficar na mira dos fuzis:
? Foi desesperador. Quando vi os quatro homens encapuzados, todos com fuzis, só tive tempo de puxar meu filho do banco traseiro e me jogar no chão. Meu marido também se jogou. Foi muito rápido. Só percebi que um deles usava cavanhaque.
Pelo material apreendido no EcoSport em que os bandidos estavam, foi constatado que eles são traficantes. Em um caderno, que estava em uma das mochilas, havia desenhos de armas e inscrições de uma facção criminosa. Nas folhas também havia a contabilidade da venda de drogas e o registro do pagamento a traficantes, alguns deles presos.