Ação contra agiotagem termina com 5 presos; bando faturava 200 mil

O bando emprestavam dinheiro para pessoas carentes, com juros que chegavam a 70% ao mês.

Material apreendido durante a Operação Prelúdio | Divulgação
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Ação conjunta entre a Secretaria de Segurança e o Ministério Público resultou em megaoperação para estourar escritórios de agiotagem na Zona Oeste, onde integrantes da milícia Liga da Justiça agiam. De acordo com as investigações da polícia, o grupo lucrava até R$ 200 mil com os empréstimos e a cobrança de juros elevados.

Cinco pessoas foram presas, entre elas, Carlos Henrique Garcia Ramos, apontado como braço direito do chefão da Liga, o ex-PM Toni ângelo Souza Aguiar, o Erótico. Os outros responderão por extorsão.

As investigações duraram cinco meses, e a polícia descobriu que milicianos atuavam em escritórios em Campo Grande e Santa Cruz. Eles emprestavam dinheiro para pessoas carentes, com juros que chegavam a 70% ao mês.

Os empréstimos eram anunciados através de panfletos e classificados de jornais. ?A ação de hoje (ontem) representa um baque considerável para a quadrilha?, afirmou o delegado da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) Alexandre Capote. Cento e cinquenta policiais, amparados em mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, vasculharam 25 endereços.

Os criminosos ameaçavam as vítimas, que eram coagidas, agredidas, torturadas e mortas. ?Nas fichas, há nome, endereço, e-mail, telefone e informações sobre parentes?, disse Capote, que investiga homicídios. Algumas vítimas prestaram depoimentos.

A polícia apreendeu computadores, munição, joias, cheques assinados com valores em branco, promissórias, pesos colombianos e câmeras. Num dos locais, uma pasta continha reportagens relacionadas à Liga da Justiça, ao ex-deputado Natalino Guimarães, a seu irmão, o ex-vereador Jerônimo Guimarães (apontados pela polícia como chefes da ?Liga?) e ao ex-chefe do grupo, Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman.

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