O Ministério Público do Estado do Piauí, representado pelo Promotor de Justiça João Malato Neto, conseguiu a condenação da ré Thaís Monait Neris de Oliveira, a uma pena de 19 anos e 10 dias de reclusão em regime fechado, em julgamento realizado na Comarca de Teresina, na segunda-feira (20).
A condenada Thaís Monait Neris de Oliveira foi levada a julgamento como partícipe pela prática do crime de homicídio qualificado mediante promessa de recompensa e utilizando-se do recurso que impossibilitou a defesa da vítima e associação criminosa, posto que no dia 6 de dezembro de 2016, por volta das 20h55min, nas proximidades de uma academia situada na Av. Doutor Luís Pires Chaves, Quadra 33, Casa 24, bairro Saci, zona sul de Teresina, a acusada participou ativamente do assassinato da vítima Claudemir de Paula Sousa, cabo do BOPE, o qual foi alvejado com 11 (onze) disparos de arma de fogo (revólver e pistola) à curta distância, por dois executores previamente combinados com a ré.
Consta dos autos, que a condenada Thaís Monait Neris de Oliveira deslocou-se até um trailer situado em frente à Academia de Ginástica que a vítima frequentava, sondando o ambiente e esperando esta sair, quando então, apontou-a a dois comparsas seus que encontravam-se em uma sorveteria situada nas proximidades, que então abordaram o ofendido de surpresa, efetuando diversos disparos, sendo que 11(onze) destes acertaram-no, principalmente na região das suas costas, impossibilitando sua defesa. Ato contínuo, a acusada evadiu-se do local dos fatos e, no dia seguinte, foi presa por agentes da Polícia Civil em Teresina.
Thaís Monait, que está grávida, compareceu ao julgamento acompanhada de uma defensora pública. Ela negou participação no crime em seu depoimento.
Este crime à época dos fatos causou grande repercussão na sociedade piauiense, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia do crime cometido.
O CASO
A Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público o inquérito policial sobre o assassinato do cabo. Para o promotor Regis Marinho não restam dúvidas de que a motivação do crime foi passional.
“Estava, mais ou menos, com um mês que o cabo Claudemir voltara a Teresina, porque estava em Brasília servindo à Força Nacional, e pedira para reatar o relacionamento amoroso com Ocionira, inclusive, com promessa de casamento. No entanto, Leonardo tinha um caso amoroso, como provado nos altos, com Ocionira e como havia essa promessa de casamento, o Ministério Público chega à conclusão de que a motivação deste crime foi passional”, afirmou o promotor.