O motoboy Sandro Dota, acusado de matar a estudante Bianca Consoli, de 19 anos, foi transferido para o Complexo Penitenciário de Tremembé, a 147 km de São Paulo. Dota alegou ter sofrido ameaças de morte no Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, onde estava. Por este motivo, a Justiça teria determinado sua remoção.
A informação foi confirmada pelo advogado do motoboy, Ricardo Martins. A transferência ocorreu há cerca de 15 dias. Dota está preso desde 12 de dezembro de 2011.
Em entrevista publicada no último dia 4 de abril, Martins afirmou que o cliente havia manifestado medo de morrer dentro da cadeia. Na ocasião, o defensor relatou que o motoboy se encontrava ?bastante abalado e temeroso?.
O primeiro pedido de transferência foi negado pela Justiça, que acabou acolhendo a solicitação em uma segunda tentativa feita pela defesa de Dota.
Conhecido por abrigar presos de crimes que tiveram grande repercussão, o Complexo de Tremembé tem atualmente entre seus internos Lindemberg Alves, condenado por assassinar a namorada Eloá Pimentel; Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais; Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, condenados pelo homicídio da menina Isabella Nardoni; e, mais recentemente, Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido, o executivo da Yoki, Marcos Matsunaga.
Crime
O corpo de Bianca Consoli foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir para a academia.
Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada por ela, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram encontradas mechas de cabelo pelos degraus.
As investigações da polícia apontaram Sandro Dota, cunhado da vítima, como o principal suspeito do crime. Preso desde o dia 12 de dezembro de 2011, ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. O motoboy nega as acusações e alega inocência.