Lucas Leite Ribeiro Porto, de 37 anos, que se encontra preso acusado de assassinar Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, de 33 anos, filha do ex-deputado estadual Sarney Neto, chegou a ir até o hospital onde a vítima estava para consolar seus familiares. As roupas usadas por ele ao estuprar e matar Mariana, sua cunhada, na tarde de domingo, 13, foram entregue à polícia.
Segundo relatos de familiares e amigos, o suspeito ainda chegou a ir ao hospital em que Mariana estava e, ao saber da morte, consolou a família. Porto é herdeiro do grupo Planta Engenharia e já tinha sido fichado, em 2007, por porte ilegal de arma, estelionato e falsa comunicação de crime. Na época, ele teria forjado o roubo de veículos para conseguir ressarcimento do seguro.
Acusado confessa o crime
Assim que foi detido, Lucas negou veemente as acusações, mas ontem, quarta dia 16, resolveu assumir a autoria do assassinato, conforme informou o secretário de Estado de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela, em uma entrevista coletiva.
“Ele decidiu falar e ao contrário da segunda-feira resolveu declinar não só a confissão da autoria da morte de Mariana como elencar motivos para esse ato criminoso. Essa reinquirição foi procedida e foi colhida a confissão dele se dizendo autor da morte e narrando aspectos pelos quais teria praticado este ato. Confissão não decide ação da polícia, ele era a única pessoa a ter ido para o apartamento da vítima. Foi preso mesmo tendo negado, dizendo que tinha admiração pela vítima e que nunca faria isso”, disse.
Confissão não altera investigação
Segundo Jefferson Portela, a confissão do acusado não muda a investigação. “A confissão dele não muda nada para nós. Portanto, confessado a autoria, a motivação dada por ele, se amanhã não for esta a verdadeira motivação será ele que está dando uma informação não verdadeira, porque a investigação vai continuar”, disse.
Sobre o motivo do crime, o secretário relatou. “Ele disse que tinha uma atração pessoal muito forte pela Mariana, sua cunhada. Declina isso espontaneamente. Resolveu ir ao seu apartamento, lá chegando a encontrou no quarto sem roupa e a partir daí ele resolveu consumar o seu desejo por ela através do sexo, daí se chegou a morte. A finalização do homicídio ainda é objeto de investigação policial, era uma paixão incontida pela sua cunhada, a motivação teria iniciado por ai, houve violência de natureza sexual, portanto essa é a manifestação dele”, declarou.
Filha de Sarney Neto foi morta por asfixia
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirma que Mariana Menezes foi vítima de uma tentativa de estrangulamento e morreu por asfixia na noite de domingo (13) em seu apartamento no bairro Turu, em São Luís. Segundo a polícia, Mariana sofreu estrangulamento e foi sufocada pelo suspeito com a ajuda de um travesseiro.