Fábio Maranhão Rodrigues, de 32 anos, mais conhecido como ?Fabica?, foi encontrado morto, na madrugada de ontem, num terreno baldio, na Estrada da Vitória, em São Luís do Maranhão. Ele era apontado como um dos autores do assassinato da idosa Vicência Gomes da Silva, de 95 anos, morta por asfixia, no dia 25 de outubro passado, em sua residência, na Coheb-Sacavém.
No final do mês passado, ?Fabica? e um de seus parceiros, identificado como José Augusto Tavares Corrêa, o ?Coroa?, de 24 anos, foram presos por policiais da 1ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Porém, por falta de provas e testemunhas que reconhecessem os dois acusados, o delegado-adjunto do 10º Distrito Policial (Bom Jesus) e responsável pelo inquérito, Francisco Cunha, decidiu liberar os dois homens.
No dia 27 de outubro passado, uma viatura do 1º BPM foi acionada pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) para se deslocar até a Rua Nossa Senhora da Conceição, na Coheb-Sacavém, onde os dois suspeitos de terem assassinado a idosa estavam prestes a fugir.
Quando os PMs chegaram ao local, encontraram José Augusto ao volante de um veículo Gol, branco, de propriedade de sua sogra, esperando por Fábio Maranhão que ainda estava dentro de sua residência. Os policiais deram voz de prisão aos dois e os conduziram até o 10º DP. Porém, eles negaram a autoria do crime.
Represália ? A vítima era avó de um cabo e de um capitão do Batalhão de Choque da PM. Por isso, a polícia não descarta a possibilidade de o crime ter sido uma represália aos dois policiais, que atuariam, principalmente, no combate ao tráfico de drogas naquela região.
Segundo a polícia, foram utilizados requintes de crueldade contra a idosa. O rosto da vítima foi enrolado em um lençol ? o que teria causado sua morte, e as mãos foram amarradas em sua coxa direita.
No dia seguinte ao crime, testemunhas afirmaram que o homem que suspeitamente rondava a casa da vítima seria José de Ribamar Tavares Pereira, o "Ribinha", sobrinho de "Coroa". Familiares dos suspeitos chegaram a fazer protesto em frente à delegacia, alegando que as prisões foram feitas injustamente.
Fabica e Coroa negaram a participação no crime que vitimou Vicência Gomes e afirmaram que conheciam a idosa desde que eram crianças e não teriam motivos para matá-la. Em seguida, os dois homens foram liberados pelo delegado Francisco Cunha, por falta de provas, testemunhas e por já ter expirado o prazo para o flagrante.