Acusado de matar psicólogo por ciúmes, dentista vai a júri popular

A vítima morreu no local

O dentista deu seis tiros em Carlos Augusto | Extra
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Seis anos e meio depois de matar o próprio psicólogo, o dentista Ricardo Américo Pereira da Silva, deverá ser julgado às 10h da próxima quarta-feira, no 4º Tribunal do Júri. Na época, ele confessou à Justiça ter assassinado Carlos Augusto da Silva José, com quem fazia terapia de casal, por ciúmes da mulher.

De acordo com a também dentista Eliane Lopes, ela e Ricardo estavam juntos havia seis anos quando decidiram frequentar o consultório do psicólogo, na Praça Saens Peña, na Tijuca, para tentar ?resolver as pendências do relacionamento?.

? Nós brigávamos muito e, como última saída, fomos fazer a terapia para tentar uma reconciliação. Ficamos um ano e dois meses indo toda semana nas consultas e, em outubro, eu vi que não tínhamos mais jeito. Então parei de ir e me separei. Mas ele continuou indo ? relembrou.

Dois meses depois, quando foi acertar as contas com o psicólogo em seu consultório, o dentista deu seis tiros em Carlos Augusto, o atingindo na virilha, na barriga e no pescoço. A vítima morreu no local. Já Ricardo se apresentou à polícia três dias depois do crime e disse que, ao chegar na sala dele, o psicólogo teria lhe dado socos e ameaçado pegar uma arma que estaria no armário, mas que nunca fora encontrada.

Ricardo ficou preso até maio do ano seguinte e, desde então, responde ao processo em liberdade. Ele tem três filhos, um deles com Eliane. A menina tem 10 anos e faz acompanhamento psicológico até hoje. Tida como a pivô do assassinato, a dentista nega que tenha traído o marido com o psicólogo:

? As pessoas que me conhecem a fundo, têm certeza de que isso não faz sentido, que é a maior viagem. Ele é um psicopata, não tem sentimentos, faz tudo pensado e não se arrepende. Para não dizer que endoidou, inventou essa história. Eu espero que ele seja condenado.

Procurado pelo EXTRA, Ricardo não quis comentar sobre o júri popular:

? Não vou falar de jeito nenhum, não me ligue para me incomodar.

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