A Polícia Civil de São Paulo teve acesso a um print de uma conversa pelo WhatsApp em que o adolescente de 16 anos, que confessou ter matado a família dentro de casa, em São Paulo, finge ser o pai e justifica a falta dele no trabalho na Guarda Municipal de Jundiaí (SP), no sábado (18). O crime foi motivado após o menor ter o celular e o computador retirados pelos pais.
O QUE SE SABE ATÉ AGORA?
A troca de conversas ocorreu por volta das 7h30 do sábado (18). O pai, Isac Tavares Santos, é Guarda Municipal de Jundiaí (SP). Ele foi morto com um tiro nas costas na sexta-feira (17) enquanto preparava uma refeição na cozinha.
O órgão informou que Isac estava escalado para trabalhar no sábado. Como o colega não foi atendido, resolveu enviar uma mensagem para o GM perguntando se ele estava de folga naquele dia.
O adolescente responde ao questionamento três horas depois. Fingindo ser o pai, diz "Eu estou doente". Em seguida, o colega responde "Se precisar de alguma coisa, dá um alô para gente". A vítima atuava como guarda municipal desde 2012 e atualmente estava na Divisão Florestal da corporação.
CRIME
Na sexta-feira (17), o pai chegou da escola com a filha. Quando ele foi até a cozinha e ficou de costas, na pia, foi surpreendido com um disparo fatal na nuca. O adolescente sabia onde estava escondida a arma de fogo pertencente à corporação. A irmã, que estava no primeiro andar da casa, ouviu o disparo e gritou. O adolescente, então, foi até ela e atirou contra seu rosto.
Após as primeiras duas mortes, o infrator almoçou na cozinha onde estava o corpo do pai. Depois, ele foi à academia e retornou para casa antes da mãe chegar.
A mãe, Solange Aparecida Gomes, chegou, por volta das 19h. A mulher, então, atravessou a sala e entrou na cozinha, quando se deparou com o corpo do marido. Neste momento, o adolescente fez mais um disparo fatal, matando a mãe.
ONDE ESTÁ O MENOR?
O adolescente disse que no dia seguinte (sábado, 18 de maio) foi até a cozinha e que, por estar com muita raiva, deu pelo menos duas facadas no cadáver da mãe. O objeto atravessou o corpo e atingiu o cadáver do pai. Somente na noite de domingo, o adolescente acionou a polícia. Era quase onze da noite quando ele mesmo ligou 190 e contou ter matado os familiares e que queria se entregar.