Uma estudante está desaparecida desde esta segunda-feira, quando foi vista pela última vez deixando o colégio onde estuda, na cidade de Goiás, no estado de mesmo nome. Segundo o agente comunitário de saúde Cleone Rodrigues, de 33 anos, a sobrinha, Poliana Justino, de 14 anos, tinha o hábito de voltar para casa sozinha. A família, agora, teme que a adolescente tenha sido aliciada.
“O padrasto costumava deixá-la na escola e ela voltava sozinha. Mas, na segunda-feira, não o fez. Procuramos por ela o dia todo. Então, começamos a espalhar cartazes e a avisar as pessoas sobre o desaparecimento”, contou o tio da adolescente, que também foi até a delegacia registrar o caso. “Ela está sempre acompanhada da mãe. Ela tem um tipo de retardo e responde como uma criança de dez anos. Estamos preocupados”, disse.
Segundo o agente comunitário, funcionários de um supermercado da região disseram ter visto a jovem na garupa de uma moto conduzida por um homem, ainda não identificado, com cerca de 30 anos. Cleone conta que teve acesso às imagens de câmera de segurança do estabelecimento nas quais reconheceu a estudante. Para ele, a sobrinha pode ter sido aliciada.
“Não sabemos quem é esse homem que estava com ela. Ela não tinha namorado. Se ela fugiu por causa de um namorico, menos mal, mas e se for uma aliciador? A gente tem medo de ela ser vítima de uma maldade”, conta o tio.
Ainda de acordo com Cleone, a família estranhou ainda mais a situação quando eles receberam uma mensagem, na tarde desta terça-feira, enviada a partir do telefone celular da adolescente. O texto dizia que ela estava no Mato Grosso, passava bem e pedia para a família parar de procurá-la e que desfizesse o registro de desaparecimento na polícia.
“O número de telefone é dela, mas não sabemos se foi ela mesmo que escreveu. É estranho porque achamos que ela não iria escrever isso. A mãe dela está muito nervosa”, explica o tio.
Segundo Cleone, agentes da Delegacia de Goiás já estão investigando o caso e prometeram entrar em contato quando tivessem algum avanço no caso. “Estamos esperando um retorno da polícia”, completa.