O advogado Claudio Dalledone Junior, que defende o goleiro Bruno Fernandes, afirmou que a divulgação das escutas telefônicas de uma conversa entre o jogador e sua noiva, a dentista carioca Ingrid Calheiros, foi "positiva" para a imagem do casal. "Foi excelente para o Bruno e Ingrid, foram 30 dias de escuta direto e mesmo assim não acharam coisa nenhuma, isso prova a integridade dos dois", disse.
Dalledone disse ainda que outras pessoas também deveriam ter seus telefones grampeados pela Justiça, como, por exemplo, o advogado Robson Pinheiro, que seria o mediador do plano de soltar o goleiro através de um habeas-corpus, que custaria R$1 milhão à família do jogador. "A juíza Marixa (Fabiane Rodrigues) e o Ministério Público são muito corretos, tenho muito respeito por eles. Eles também poderiam grampear o telefone do Robson Pinheiro", disse o defensor do goleiro.
Na última sexta-feira, revelamos que o serviço de inteligência do Ministério Público, com autorização da Justiça, grampeou o telefone de Ingrid. Em uma das gravações, antes de falar com o noivo, ela conversou com duas pessoas, um homem e uma mulher de dentro da penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, onde Bruno está preso. Foram eles quem transferiram a ligação para uma sala de onde Bruno foi autorizado a falar.
As escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, registraram o casal conversando por mais de 12 minutos no dia 12 de dezembro do ano passado. Dalledone contou ainda que visitou Bruno na penitenciária na quinta-feira da semana passada, quando revelou que iria protocolar no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) um pedido para o que o goleiro seja ouvido pelo desembargador Doorgal Andrada, da 4ª Câmara Criminal, responsável pelos julgamentos dos habeas-corpus de 2ª instância do caso.
A audiência teria sido pedida pelo próprio goleiro, com o intuito de revelar a circunstancia do sumiço de Eliza Samudio. "Ele (Bruno) está muito confiante, estamos amadurecendo a ideia de ele prestar novo depoimento", afirmou.