Advogado de homem que assassinou filhas alega “ilegalidade na prisão”

Os corpos das meninas foram encontrados na segunda-feira (22) dentro de um carro incendiado, na GO-462, em Santo Antônio de Goiás.

Ramon de Souza Pereira acusado de assassinar as próprias filhas | Reprodução
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Ramon de Souza Pereira, suspeito de matar a facadas as duas filhas de 4 e 8 anos e depois atear fogo no carro com elas dentro, recebeu alta da unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital em que está internado, em Goiânia, na manhã desta sexta-feira (26). O acusado havia tentado se matar antes de ser preso, visto que foi encontrado com um corte no pescoço.

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À polícia, ele confessou o crime e afirmou que matou as meninas por vingança à esposa, que estaria em um caso extraconjugal. Ramon de Souza Pereira foi transferido para a enfermaria carcerária e, com isso, pode ser ouvido pela Polícia Civil, segundo o delegado Marcus Cardoso.

"Vou entrar em contato com o advogado da defesa e tentar marcar para ele ser ouvido ainda hoje. Caso ele não tenha condições, porque acabou de sair [da UTI], segunda-feira, sem falta, a gente vai tentar fazer a oitiva dele", disse o delegado ao G1.

O advogado de Ramon, Djalma Alves, confirmou ter sido informado de uma melhora no estado de saúde de seu cliente e que, quando for procurado pelo delegado, vai colaborar para que o depoimento do suspeito aconteça. No entanto, Alves adiantou a estratégia da defesa.

"Ele não terá nada que falar. A defesa vai orientá-lo para que se mantenha no direito constitucional de ficar em silêncio", informou o defensor ao G1, que acrescentou ter apontado uma "ilegalidade no momento em que efetuaram a prisão" de Ramon. 

Ramon Pereira confirmou que faria o crime por causa da esposa | Foto: TV Anhanguera

"Tem jurisprudência em tribunais superiores, e com previsão legal na Constituição Federal, de que a Guarda Civil Metropolitana não tem em suas funções fazer diligências e muitos menos realizar prisões", alegou o advogado ao G1, em referência ao fato do homem ter sido preso pela GCM.

Ainda conforme , Djalma Alves, a audiência de custódia de Ramon ocorreu por petição na última quarta-feira (24), mas não ainda não houve decisão da juíza sobre a conversão, ou não, em prisão preventiva. Ramon foi preso na tarde da última terça-feira (23), dia seguinte ao crime.

Os corpos das meninas foram encontrados na segunda-feira (22) dentro de um carro incendiado, na GO-462, em Santo Antônio de Goiás. O carro onde os corpos foram encontrados também passou por uma perícia e o laudo deve ficar pronto em até 30 dias. 

O velório aconteceu na manhã desta sexta-feira, no Setor Gentil Meireles, em Goiânia. O sepultamento está previsto para ocorrer no Cemitério Municipal Jardim da Saudade, no Parque Buritis, às 11h30.

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