Uma equipe de médicos que acompanham o estudante de ciências sociais Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, ainda deve se reunir para decidir como será feita a próxima operação dele no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ele foi agredido por um policial militar durante uma manifestação na cidade. O cirurgião buco-maxilo-facial Gustavo Rocha foi um dos profissionais que participou de um primeiro procedimento do paciente. Ele afirma que uma "estratégia cirúrgica" está sendo montada para verificar o que será feito.
“Ainda não está definido que tipo de procedimento ele vai fazer. Vamos fazer uma junta médica para decidir como será a cirurgia e conversar ainda com a família. Ele está absolutamente bem. A recuperação dele está indo bem, ele também se recuperou rapidamente da pneumonia, mas temos que avaliar a situação ainda”, disse o médico.
O estudante recebeu alta médica na última quinta-feira (11) após ficar 13 dias internado no Hugo. Na unidade, ele passou por uma cirurgia de quatro horas de duração, mas deve ser submetido a nova operação após ser reavaliado na próxima quarta-feira (17).
A irmã de Mateus, Heloísa Ferreira da Silva, 28 anos, afirmou estar aliviada com alta dele, mas que também se preocupa com os riscos da nova cirurgia.
“Apesar da alta, ainda estamos um pouco tensos pela cirurgia que ele deve passar para colocar uma espécie de placa de metal na testa. Ainda não acabou, é uma reparação estética, mas também funcional. Por ser uma cirurgia, não tem como não ficar preocupada”, disse quando o irmão teve alta.
Enquanto espera pela nova operação, Mateus fica com a irmã em um apartamento alugado na capital. A mãe deles, Suzethe Barbosa, voltou a Goiânia no domingo (14) e comemorou o Dia das Mães ao lado do filho, que ainda se recupera. “O presente maior eu já tenho, que é a saúde do meu filho”, disse.