O professor de biologia Carlos Cristian Almeida Gomes, 33, foi baleado por uma aluno de 17 anos dentro da sala dos professores da Escola Estadual Olga Barreto, localizada no conjunto Eduardo Gomes, município de São Cristóvão, região metropolitana de Aracaju (SE), na noite de ontem (12). Uma nota baixa teria motivado o ataque do estudante, que acertou cinco tiros no professor. A direção da escola informou que o crime ocorreu no intervalo das aulas.
O aluno, na companhia de outros dois colegas, teria se dirigido até a sala dos professores, com o argumento de que iria beber água. Na sala, eles se depararam com o professor Cristian e o adolescente efetuou os disparos que acertaram as costas, a mandíbula e um dos braços do docente. O professor foi socorrido por uma equipe do SAMU e levado ao HUSE (Hospital de Urgência de Sergipe). "O que nos foi informado é que o aluno teria efetuado os disparos por conta de uma nota baixa dada pelo professor Cristian. Mas essa é uma versão contada por outros alunos", disse Givaldo Ricardo, da assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação.
Ele disse ainda que a escola tem sete vigilantes e que a secretaria, incluindo dois psicólogos, prestam assistência à família. Um funcionário da escola – que preferiu não se identificar – confirmou a versão de que a tentativa de homicídio teria sido motivada por uma nota baixa. "Foi por conta de uma discussão por causa de uma nota em prova. Eles discutiram aqui na escola e depois o rapaz deu os tiros no professor Cristian", contou. Ele disse ainda que o aluno já teria registro de outras ocorrências de indisciplina na unidade escolar. Após os disparos, o estudante saiu correndo na companhia dos dois colegas.
Na noite do crime, policiais militares estiveram na casa do adolescente suspeito, mas encontraram apenas a mãe do aluno. As investigações serão realizadas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Professor está em estado gravíssimo A assessoria de comunicação do Hospital de Urgência de Sergipe informou que o professor passou por uma cirurgia no tórax para a retirada dos projéteis. Ele segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e seu estado de saúde é gravíssimo. O professor, que também é biomédico, trabalha em um clínica na capital sergipana.