Um amigo da menina que levou o pote de doce para escola na Zona Leste de São Paulo, onde seis colegas passaram mal, confessou que o produto estava adulterado. Kaíque Vicente de Oliveira, de 21 anos, disse à polícia que deu o doce para a adolescente. As seis jovens da Escola Estadual Professor Caetano Miele, em Cangaíba, foram levadas para o Hospital Municipal do Tatuapé.
O crime foi descoberto após a polícia desconfiar da primeira versão do depoimento de Kaike e foi até a casa dele fazer buscas, onde os policiais encontraram duas latas com substâncias que eles acreditavam ser veneno. Kaíque disse que não foi ele quem colocou a substância no pote. Ele irá responder por tentativa de homicídio.
A polícia investiga a participação de uma segunda pessoa. O delegado que investiga o caso diz que Kaíque já tinha dado outros produtos para a menina e, em todas as vezes, ela passava mal.
Segundo a menina relatou no boletim de ocorrência, ela ganhou o pote de chocolate do namorado de uma amiga e que estava "devidamente lacrado", mas ela percebeu que havia algumas "bolinhas no alimento". Ainda segundo a jovem, o namorado da amiga provou o creme e lhe disse "que não tinha nada errado". "A menina levou o pote para o colégio e falou que "não consumiu o produto".
Não há previsão de quando o resultado do exame que identificará a substância que estava misturada ao doce ficará pronto. A polícia vai tentar identificar quem é o outro envolvido no crime. A Secretaria Municipal da Saúde disse que todas as adolescentes que estavam internadas receberam alta.