Após 22 anos foragido, “Flávio Cigano” é preso no Piauí por mortes no Ceará

José Gomes da Costa, de 71 anos, foi condenado a pena de 23 anos e quatro meses durante o julgamento dos crimes em 2017.

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José Gomes da Costa, de 71 anos, conhecido como “Flávio Cigano”, foi preso neste sábado (09) no município de Cocal de Telha, no Norte do Piauí, por dois assassinatos cometidos em Itapajé, cidade do interior do Ceará, localizada a 125 km de Fortaleza, em julho do ano de 2000, onde estava foragido desde então. Ele foi condenado a pena de 23 anos e quatro meses durante o julgamento dos crimes em 2017.

O caso, que marcou a cidade, ganhou repercussão nacional na época ficando conhecido como “ciganos assassinos”. O mandado de prisão preventiva decorrente da decisão condenatória foi expedido pela 1ª Vara de Itapajé, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. “Flávio Cigano” usava documentos falsos em Cocal de Telha.

Após 22 anos foragido, 'Flávio Cigano' é preso no Piauí por mortes no Ceará (Foto: Divulgação) 

José Gomes da Costa foi acusado pelos assassinatos de Carlos César Barroso Magalhães, à época com 22 anos, e de José Wilson Barroso Forte Júnior, de 27. A outra vítima, Maxwell Magalhães Caetano, à época com 23 anos, sobreviveu, mas ficou tetraplégico. Ele é irmão da atual prefeita da cidade. Os crimes ocorreram em parceria com Francisco Augusto Costa, o “Alfredo Cigano”, Maria Ziulan da Costa e Francisco Gleyson Costa, o “Gleyssinho”.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por uma briga envolvendo uma mulher. Ela teria sentado em cima do carro de Carlos César, que reclamou e passou a ser ofendido pelo sobrinho de “Flávio Cigano”. Durante a situação, “Flávio Cigano” atirou em Carlos César, que morreu no local. Maxwell tentou enfrentar o grupo e foi baleado no queixo. Wilson tentou intervir e também foi morto com dois tiros.

Após 22 anos foragido, 'Flávio Cigano' é preso no Piauí por mortes no Ceará (Foto: TV Verdes Mares/ Reprodução)

No julgamento, tendo como presidente a juíza Juliana Porto Sales, a defesa sustentou não haver provas de autoria do crime contra o réu e pediu a exclusão das qualificadoras e diminuição da pena, em virtude da ação criminosa ter sido praticada sob violenta emoção, seguida de “injusta provocação da vítima”. A prisão contou com apoio do  Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) da Polícia Civil do Piauí. 

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