Após 30 anos desaparecido, homem liga para mãe para não ser preso

Ele seria julgado na mesma semana.

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Um homem neozelandês que não dava notícias à família há 30 anos decidiu entrar em contato depois de ser preso, acusado de roubar mais de R$ 2,5 milhões de uma mineradora do Quênia.

Francis Edward Strange, de 56 anos, foi detido em fevereiro do ano passado, depois de não pagar sua fiança de R$ 39 mil. Após cinco meses de detenção, ao tentar apelar à Suprema Corte do país, Francis alegou que sofreu duas tentativas de homicídio na prisão enquanto esteve encarcerado, sendo salvo por outros detentos. Conseguiu, então, diminuir o valor de sua fiança e ser liberado. No entanto, vive em Nairóbi, capital queniana, em condições restritas e teve seu passaporte confiscado.

Ele será julgado ainda esta semana, e, se condenado, pode pegar sete anos de prisão. Em meio à confusão, Francis decidiu procurar a família para tentar reverter o quadro, que se encaminha para a condenação. “Nós pensávamos que ele estivesse morto. Esperamos por notícias dele por 30 anos. No início pensamos que a história fosse uma fraude”, contou o irmão dele Gerard, ao jornal “New Zealand Tribune”.

Francis fugiu para a Austrália quando tinha 26 anos, mudando-se para o Japão em 1992, onde dava aulas de inglês. No ano de 2014, partiu para o Quênia. "Eu amo a minha família, mas ela é um pouco conservadora. Eu queria fazer alguma coisa, fazer uma grande diferença", justificou ele ao "Herald". Desde a retomada de contato com os familiares, Francvis vem conversando com eles por email.

Se vencer sua batalha judicial, Francis pretende permanecer no Quênia e continuar com planos de desenvolver uma mina de extração de minerais, incluindo manganês e minério de ferro. "Vamos construir uma cidade de mineração. Todo mundo sabe que o Quénia precisa de investimento, precisa de empregos. Há um monte de pessoas que querem ver isso acontecer", afirmou.

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