A morte de um lavrador está provocando polêmica em Araguanã, a 500 km de Palmas, no Tocantins. Familiares e amigos dizem que o corpo que chegou a ser velado na cidade não é de José Barbosa de 44 anos. A viúva também afirmou que corpo foi trocado antes do enterro.
Foi na hora do cortejo que os amigos de Barbosa desconfiaram, pois peso e tamanho do caixão não combinavam com o corpo do lavrador.
A viúva dele, dona Sebastiana Cunha, disse que o corpo que está lá não é o do marido. Amigos falam a mesma coisa. ?Abriu o caixão por suspeita mesmo. Porque achou o caixão pequeno. Achou muito pesado porque ele é alto, mas ele é magro?, diz a lavradora Lúcia Janete da Silva. ?Quando abriu, todo mundo ficou assim, espantado?, afirma Gilda Pereira da Silva.
O caixão com o corpo de Barbosa foi trazido pela funerária de uma cidade vizinha. De acordo com o Hospital de Doenças Tropicais de Araguanã, o lavrador foi internado com suspeita de tuberculose. Depois que o homem morreu médicos aconselharam que o caixão fosse lacrado.
Ainda segundo o hospital, parentes e amigos não reconheceram o corpo porque, durante a internação, Barbosa tinha cortado a barba e os cabelos. Porém, a explicação não convence
?O que a gente estava esperando é alto, moreno, do cabelo ruim. E esse que está aí é do cabelo bom, e ele é mais claro?, diz Lúcia Janete da Silva. ?Todo mundo conhece. Todo mundo! E todo mundo pode falar que não é ele que está aí!?, diz o primo de Barbosa, o aposentado João.
Segundo os amigos do lavrador, o funcionário da funerária abandonou o caixão no meio da rua quando disseram que o corpo não era de Barbosa.
O delegado Euclides da Mota Silva determinou que a urna fosse levada até o cemitério. Ele vai pedir um laudo para tentar identificar o defunto. ?Deve ser uma biopsia ou DNA?, afirma.
Até lá o corpo vai continuar no cemitério.