A Polícia Civil do Rio de Janeiro tem informações de que, após o anúncio de que o Complexo de São Carlos, na região central da capital fluminense, deverá ser contemplado com uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), os traficantes já iniciaram uma migração para outras comunidades.
Na última segunda-feira (24), cerca de 150 policiais civis de sete delegacias especializadas fizeram uma operação no Complexo de São Carlos. A ação resultou em intenso tiroteio.
Um helicóptero da TV Globo foi alvejado e teve que fazer um pouso forçado. Ninguém se feriu.Tiros também atingiram janelas de três andares de dois prédios da sede administrativa da Prefeitura do Rio de Janeiro mas nenhuma pessoa foi alvejada.
Segundo investigações feitas por agentes da 6ª Delegacia de Polícia, na Cidade Nova, os criminosos fugiram para o morro da Pedreira, em Costa Barros e também para a favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul, que são controlados pela mesma facção criminosa.
- O deslocamento para outras comunidades ainda foi pequeno até porque ainda não se sabe ao certo quando começará a ocupação - afirmou um investigador ao R7.
Um policial da delegacia da Pavuna (39ª DP), na zona norte, responsável pelas investigações sobre o morro da Pedreira, confirmou ter recebido informações da migração de bandidos do São Carlos para a comunidade.
O Complexo de São Carlos é formado por quatro comunidades: São Carlos, Mineira, Zinco e Querosene. Segundo um policial, as favelas contam com mais de cem bandidos com pelo menos cem fuzis. O líder do tráfico na região é Anderson Rosa Mendonça, o Coelho. O segundo na hierarquia da quadrilha é um bandido conhecido como Lindinho.
Os policiais da 6ª DP não deram valores sobre o faturamento de drogas dos traficantes mas estimam que o lucro seja similar ao que era obtido pelos bandidos que atuavam no Complexo da Penha, na zona norte.