O traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, embarcou para o Rio de Janeiro por volta das 12h30 (horário de Brasília). Polegar foi detido em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na quarta-feira (19). Ele foi expulso daquele país e entregue aos agentes da Polícia Federal em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande.
Polegar chegou em Ponta Porã, nesta sexta-feira (21), por volta das 11h15 (horário de Brasília) e estava com colete à prova de balas, que foi retirado pelos policiais da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Paraguai.
Polegar foi preso na quarta-feira (19) em um lava-jato da cidade paraguaia, enquanto aguardava a a lavagem de um carro importado. Ele é apontado como chefe do tráfico de drogas no Morro da Mangueira e era um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Federal, Polegar foi expulso do Paraguai por causa do crime de falsificação de documento. Quando foi flagrado no lava-jato, em Pedro Juan Caballero, ele usava documento em nome de José Targino da Silva Junior.
Caso não tivesse qualquer pendência no Brasil, ele poderia ser liberado, mas já havia sido constatado que havia mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio de Janeiro.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Leonardo Duarte, explicou que a expulsão é um ?ato de soberania? do país e um procedimento muito mais rápido do que a extradição. Duarte disse que, no caso de Polegar, a expulsão foi feita com penalidade, em que ele não pode voltar ao Paraguai.
O traficante deve ser levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, segundo a PF. O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, informou que, tão logo Polegar chegue em solo fluminense, vai pedir que ele seja transferido imediatamente para um presídio de segurança máxima fora do Rio de Janeiro.
Fuga
Polegar é considerado um dos quatro mais importantes chefes do tráfico do Rio que estava foragido. O acusado estava no Conjunto de Favelas do Alemão durante operação de retomada do morro, em dezembro de 2010, mas fugiu.
Condenado a 22 anos por tráfico e associação para o tráfico, Polegar obteve o benefício para o regime aberto após cumprir um sexto da pena na Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte da cidade. Ele deixou o presídio no dia 14 de setembro de 2009 pela porta da frente e não voltou mais.