Após habeas corpus negado, advogado diz que há contradições no depoimento do menor

Segundo Ércio Quaresma, descrição de suposto autor do crime é falha.

Ércio Quaresma | G1
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O advogado Ércio Quaresma, que defende o goleiro Bruno, afirmou, nesta sexta-feira (16), em entrevista a Ana Maria Braga no programa Mais Você, que há muitas contradições no depoimento do menor à polícia.

"Esse menino, segundo seu próprio advogado de defesa, está passando por uma crise de abstinência. As características físicas do suposto executor de Eliza descritas por ele não batem com as características do Paulista. Ele não é negro e não é alto", diz Quaresma.

Bruno está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). Segundo a polícia, ele é suspeito de envolvimento no sumiço de Eliza Samudio. A jovem está desaparecida desde o início do mês de junho e é considerada morta pela polícia.

No ano passado, Eliza teve um relacionamento com o goleiro e brigava, na Justiça, pelo reconhecimento da paternidade de seu filho, de 5 meses, que seria do jogador.

Além de Bruno, o advogado defende Dayanne de Souza - mulher de Bruno, Luiz Henrique Romão - o Macarrão, Elenilson da Silva, Wemerson Marques e Flávio de Araújo. "Não defendo o menor porque há um conflito de defesa", diz.

"Bruno abandonado"

Quaresma conta, ainda em entrevista nesta sexta, que Bruno está "um pouco abandonado" e que "agora vai descobrir quem são seus amigos de verdade". Em outro momento da entrevista, no entanto, ele afirma que o goleiro conta com amigos.

"Existe um grupo de amigos que está fazendo vaquinha para ajudar Bruno financeiramente", diz.

Inocência

O advogado diz que todos os seus clientes alegam inocência. "Perguntei a cada um deles, um por um, se eles tinham "finalizado" a moça, contribuído, ou mandado matar, e eles disseram que não. Foram uníssonos."

Habeas corpus negado

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou, liminarmente, na quinta-feira (15), o pedido de liberdade para o goleiro Bruno, suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio.

Em entrevista nesta sexta, o advogado Ércio Quaresma disse que vai recorrer da decisão.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, outros seis suspeitos presos são citados no pedido de habeas corpus e também tiveram a liberdade negada. São eles: a mulher de Bruno, Dayanne de Souza; o amigo do casal, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão; Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques, Elenilson Vitor da Silva e o primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales.

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