O ex-árbitro equatoriano Byron Moreno, que gerou polêmica na Copa do Mundo de 2002 durante a partida entre Itália e Coreia do Sul, admitiu ser culpado de tráfico de heroína, segundo o gabinete do promotor-geral dos Estados Unidos.
Moreno, detido sem chances de libertação sob fiança, pode ser condenado a mais de cinco anos de prisão, segundo o que estabelece a lei federal, informou o porta-voz da promotoria geral, Robert Nardoza.
Aos 41 anos, Moreno foi detido em setembro passado no aeroporto John F. Kennedy de Nova York após chegar do Equador com bolsas de heroína presas ao corpo. Segundo a denúncia apresentada no tribunal, o ex-árbitro "ficou visivelmente nervoso" durante uma inspeção de rotina e os funcionários da alfândega encontraram a droga.
Moreno ganhou notoriedade após apitar a partida das oitavas de final entre Itália e Coreia do Sul em 2002. A Azzurra, eliminada nos descontos, queixou-se de várias decisões controversas do juiz equatoriano, inclusive um pênalti duvidoso a favor dos donos da casa e a expulsão de Francesco Totti após receber um segundo cartão amarelo por simular falta.
Em setembro de 2002, a Federação Equatoriana de Futebol suspendeu Moreno por 20 partidas depois que deu 12 minutos de acréscimos em jogo local sem reportar corretamente. Ele voltou a ser surpreendido no ano seguinte e pouco depois renunciou como árbitro.