Armas do Exército seriam negociadas com o PCC, diz secretário de Segurança

Os policiais se dirigiram ao local da entrega, uma área de mata, e foram recebidos com tiros pelos suspeitos.

Armas foram recuperadas em São Paulo | Divulgação/PC
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O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, revelou que as armas do Exército recuperadas em uma área de mata em São Roque estavam sendo negociadas com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O armamento incluía cinco metralhadoras .50 e quatro fuzis de calibre 7,62. 

No total, 21 armas haviam desaparecido do Arsenal de Guerra, e oito delas já haviam sido encontradas na Gardênia Azul, um bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, área controlada por uma narcomilícia associada à facção Comando Vermelho. As informações são da Folhapress.

A localização das armas foi resultado de um trabalho de inteligência da Polícia Civil, que descobriu que o armamento estava destinado a um grupo de criminosos do PCC. Os policiais se dirigiram ao local da entrega, uma área de mata, e foram recebidos com tiros pelos suspeitos. Houve um confronto armado, e os criminosos conseguiram fugir na direção da mata. O número exato de suspeitos no local não foi confirmado, mas pelo menos duas pessoas armadas estiveram envolvidas, atacando as viaturas da polícia de ambos os lados.

Equipes do 5º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), de Barueri, e do COE (Comandos de Operações Especiais) conduziram buscas na mata na manhã de sábado, mas nenhum suspeito foi encontrado. Até o momento, não foi relatada a entrada de pessoas com ferimentos por arma de fogo nos serviços de saúde da região.

Uma equipe do Exército confirmou que as armas apreendidas faziam parte do arsenal furtado, verificando a numeração nas metralhadoras. A secretaria de segurança agora está trabalhando na recuperação das quatro armas restantes.

O Comando Militar do Sudeste está investigando o desaparecimento das armas desde 10 de outubro, com a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do furto. A falta de 13 metralhadoras .50 (antiaéreas) e oito de calibre 7,62 foi observada durante uma inspeção. 

O Exército afirmou que essas armas eram inservíveis e foram recolhidas para manutenção. Recentemente, o coronel Mário Victor Vargas Júnior foi nomeado diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, em substituição ao tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que foi exonerado após o furto.

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