Atirador de Copacabana queria ser policial e ter porte de arma, diz irmão

Por causa do porte físico, chegou a fazer bicos como segurança em eventos da Baixada

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A família do pedreiro Adilson Rufino da Silva, de 34 anos, não consegue esquecer as cenas de violência que mancharam a imagem do maior réveillon do mundo. Parentes contam que, depois de terminar o Ensino Médio, Adilson tinha o sonho de fazer concurso para ser policial e ter porte de arma. Por causa do porte físico, chegou a fazer bicos como segurança em eventos da Baixada, mas nunca teria manuseado uma pistola.

- Estamos chocados. Ele sempre foi direito, nunca teve envolvimento com coisa errada. Destruiu a família - lamentou o também pedreiro Aílton Rufino da Silva, de 38 anos, irmão de Adilson.

Filho de um tecelão com uma dona de casa, Adilson, de 34 anos, tem cinco irmãos. Todos nasceram nas proximidades da Estrada Velha da Estrela, que liga Magé, na Baixada, a Petrópolis, na Região Serrana. Lá, vizinhos lembram do ?menino educado, bom e trabalhador? e da tragédia que ele provocou na virada do ano ao roubar a arma de um soldado. Na confusão, 12 pessoas foram feridas.

- Presenciei o crescimento dele. Sempre foi ótima pessoa, só tinha problema com bebida - conta uma dona de casa de 56 anos.

O irmão revela que, desde a morte da mãe, há quatro anos, Adilson passou a beber com mais frequência. Há três meses, deu para cheirar cocaína. Sua mulher reclamava que ele estava mais agressivo e o ciúme havia aumentado.

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