A família do atirador que matou a estudante Giovanna Bezerra Silva, de 17 anos, durante um ataque à Escola Estadual Sapopemba, em São Paulo, nesta segunda-feira (23), já tinha feito um boletim de ocorrência neste ano devido às constantes agressões e bullying que o jovem sofria. Isso teria sido o motivo do crime.
Uma professora relatou que, pouco depois de conseguir evacuar seus alunos da escola, teve acesso a um vídeo mostrando o suspeito do ataque sendo agredido fisicamente em sala de aula. Ela explica que o menino era vítima de bullying por parte dos estudantes.
“Ele era vítima de bullying, com base nesses vídeos. Tanto que o ataque, pelo que me falaram, começou dentro da sala de aula onde ele estudava”, afirmou a professora.
Em abril, a mãe do adolescente o acompanhou até a delegacia de Sapopemba para registrar queixa de agressão. Eles informaram aos policiais que o menino tinha desentendimentos com um grupo de meninas. Além disso, estudantes relataram que nas redes sociais do menino, ele era ‘zoado’.
“Ele era muito zoado por causa da sua conta no Instagram, mas as pessoas não davam ouvidos e continuavam zoando. Como ele era homossexual, era zoado por isso também. Ele não gostava”, disse uma estudante, que teve o nome preservado.
De acordo com a defesa do adolescente, ele já sofria bullying há mais de 2 anos. A polícia agora investiga se o adolescente agiu sozinho, se teve ajuda de alguém próximo ou incentivo em redes sociais. A arma utilizada no ataque pertence ao pai do atirador, que tem o posse há mais de 20 anos de forma regularizada.
Informações preliminares dão conta de que os supostos agressores incluem um aluno gay (detido), uma aluna lésbica e outros dois alunos considerados tímidos e excluídos.