Atropelador de Rafael é indiciado por homicídio doloso

Gabriel também foi indiciado pelo mesmo crime por também estar no local interditado

Morte do filho de Cissa | Divulgação
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O estudante Rafael Bussamra, que confessou ter atropelado o músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Gabriel Henrique Ribeiro, de 19 anos, o motorista do outro carro que estava no mesmo túnel também foi indiciado pelo mesmo crime por também estar no local interditado em alta velocidade. Eles vão responder também por fuga de local do acidente. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (2) pela delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), responsável pelas investigações do caso.

"Há indícios, através dos depoimentos dos amigos da vítima, que estaria havendo uma disputa de velocidade entre os carros, entendemos ainda que os motoristas sabiam que o túnel estava interditado e os laudos apontam excesso de velocidade", explicou Bárbara.

O músico Rafael Mascarenhas morreu no dia 20 de julho, após ser atropelado quando andava de skate no Túnel Acústico, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Na ocasião, o túnel estava interditado para o tráfego de veículos.

Família indiciada

Ainda de acordo com a polícia, Rafael Bussamra também foi indiciado por corrupção ativa, junto com o pai, o empresário Roberto Bussamra. Os dois, além de Guilherme Bussamra, irmão de Rafael, foram indiciados ainda por fraude processual, por tentar ocultar provas, adulterando o veículo.

Em depoimento Roberto admitiu que pagou R$ 1 mil de propina a dois PMs do 23° BPM (Leblon), que teriam pedido R$ 10 mil para desfazer o local do acidente e evitar a prisão em flagrante do motorista. Os PMs foram indiciados por corrupção passiva.

MP denuncia policiais

Os PMs acusados, o cabo Marcelo Bigon e o sargento Marcelo Leal, foram indiciados pela Justiça Militar por corrupção passiva e estão presos na Unidade Prisional da Polícia MIlitar, em Benfica, no subúrbio do Rio. Os advogados dos policiais negam que seus clientes tenham pedido propina.

Em 23 de agosto , os dois PMs foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro por corrupção passiva, falsidade ideológica e descumprimento de função. Segundo a promotora de Justiça, caso sejam condenados pelos três crimes, os policiais podem pegar de 3 a 8 anos de prisão.

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