Nesta quarta-feira (22/11), acontece no Fórum Cível e Criminal, uma audiência para decidir se o ex-tenente José Ricardo da Silva Neto, acusado de matar a então namorada Iarla Lima Barbosa no mês de junho deste ano, vai ou não para júri popular.
Ele chegou ao local vestido como presidiário mas sob solicitação da defesa pediu para trocar de roupa. Após a troca, sentou ao lado do advogado de cabeça baixa.
O juiz Antônio Nolêto e o promotor Ubiraci Rocha comandam a sessão e a irmã de Iarla, que estava dentro do carro e viu todo o crime, foi a primeira a ser ouvida.
Em depoimento, a jovem afirmou que Iarla já sentia vontade de terminar com o namorado. “Ele tinha muitos ciúmes, ficava monitorando todos os passos dela. No dia 19 ele foi buscar a gente no banheiro dizendo que estava se sentindo mal. Depois lá fora já foi perguntando se minha irmã achava que ele era criança porque viu ela dançando com todo mundo. Em seguida já foi disparando. Um dia antes do que ele fez eles dormiram juntos. Já na manhã de domingo minha irmã me disse que estava com vontade de terminar porque ele era muito ciumento”, afirmou ela.
A amiga da vítima, Josiane Mesquita, que também estava no carro e foi baleada com dois tiros, relatou o mesmo fato já dito por Illana. “Eles estavam bem, saíram juntos, de mãos dadas e conversando. No carro ele foi perguntando e atirando, ela não teve chances”, disse Josiane bastante emocionada.
A advogada da família, Carla Oliveira, afirmou que espera que esse crime não fique impune. “A gente quer que no próprio inquérito policial tenha a materialidade e a autoria e a gente quer que no final o Dr. Nolêto faça a pronúncia dele para que ele vá ao tribunal do júri”, declarou.
“Ele esteve preso durante um bom tempo no BEC e agora está sob custódia do Estado em Altos e a família só vai ficar satisfeita com a condenação dele depois da pronúncia do juiz”, finalizou a advogada.