O desespero fez uma avó acorrentar o próprio neto dentro de casa na periferia de Goiânia (GO). Luzia Veríssimo dos Passos cansou de ver o menino de 13 anos, que vive com ela desde que foi abandonado pela mãe, com apenas um ano, sumir por dias para poder usar o crack. O temor pelo futuro do jovem fez a avó acorrentá-lo na cama.
A situação não diminuiu os problemas na casa. O menino não esconde o nervosismo de ser mantido preso e quebra vidros no quarto onde é obrigado a ficar. Fora da escola desde os 11 anos, quando começou a usar drogas, o garoto chegou a ser solto pela avó, mas apenas para ser acorrentado ao pai, Osvaldo Cintra, que também promete não permitir a volta do jovem às drogas.
Conselheiras tutelares de Goiânia estiveram com a família e ofereceram ajuda, mas o menino não quer ser internado para tratamento, o que complica a situação. A falta de um centro de reabilitação para crianças e jovens na região metropolitana da capital goiana também é outro problema para os familiares. Apesar disso, a avó não perde a esperança na recuperação do neto.