Os assaltantes que atropelaram a empresária grávida Flávia Ahrends, de 40 anos, e causaram a perda do seu bebê vão responder na Justiça pelo aborto da criança. O crime não será enquadrado como homicídio por se tratar de um feto de 3 meses, mas o delegado Wellington Vieira, titular da 21ª DP (Bonsucesso), explicou que há previsão no Código Penal para que os suspeitos sejam responsabilizados pela morte do pequeno Arthur, ainda na barriga da mãe.
"Eles vão responder pelo aborto. Há previsão no Código Penal de crime de roubo aumentado por morte ou lesão corporal grave durante ou após (o roubo). O aborto é considerado uma lesão corporal grave", ressaltou o delegado responsável pelo caso.
Uma câmera de segurança flagrou o atropelamento. Com o agravante, a pena do roubo, que é de 4 a 10 anos de prisão, aumenta para de 7 a 15 anos. O delegado aguarda na manhã desta terça-feira a empresária e o marido, Eduardo Baptista, que deverão prestar depoimento e tentar reconhecer suspeitos por meio de fotografias. O investigador tem esperança de que o casal aponte os assaltantes entre os homens de uma quadrilha que já está na mira da Polícia Civil.