Alguns turistas que escolheram o Guarujá, cidade do litoral paulista localizada a 82 quilômetros da capital, para passar o feriadão de Ano Novo tiveram uma desagradável surpresa.
Ao retornarem da praia para pegar os carros que tinham ficado estacionados nas ruas do município encontravam os veículos sem as rodas e sustentados apenas por macacos.
Na região da praia das Pitangueiras, uma das áreas das mais concorridas e caras do balneário, a ?gangue da roda? fez duas vítimas. Na terça-feira, dia 29 de dezembro, um Vectra cinza, que foi estacionado no canteiro central da Avenida Leomil, estava sem as três rodas e apoiado em dois macacos e uma pedra. Os bandidos não tiram a última das peças para que o veículo não caia no chão.
a sexta, dia 1º de janeiro, cena parecida a menos de 200 metros do primeiro registro. Na esquina das ruas Santo Amaro e Washington, um Fiat Stilo vermelho no mesmo estado. O dono, morador de São Bernardo do Campo, parou o seu carro em frente a um escritório de advocacia, já que o apartamento onde ficou não tinha vagas suficientes no prédio. Estacionou ali na tarde no dia 31, passou o réveillon na areia, voltou para descansar e só quando acordou, já no meio da tarde, é que foi avisado por um vizinho do furto.
Os ladrões também arrombaram o porta malas do automóvel e levaram o estepe para completar o quarteto. Os alvos são carros novos e com rodas de liga leve. Um jogo com quatro rodas desse tipo - originais e com pneus - do novo Vectra, por exemplo, custa mais de R$ 2 mil.
A saída para as vítimas é registrar a ocorrência e chamar um guincho. Os donos dos guinchos levam rodas extras para poder colocar nos carros e içá-los, já que sem elas não rodariam nem para subir no reboque. O dono do Stilo vermelho tinha esperança de ser ressarcido pela seguradora, já que os objetos furtados eram peças originais do veículo.
Segundo o zelador de um prédio vizinho, a ?gangue da roda? agiu livremente durante a última semana na cidade. Nessa época, o Guarujá, que tem 304 mil habitantes, chega a receber quase 1 milhão de turistas. "Roubaram uma vez, viram que era fácil e roubaram outro", disse o zelador, que pediu para não se identificar.