Bandidos sequestram gerente de joalheria e fazem churrasco na casa

Mesmo planejando o assalto, eles roubaram dentro da residência R$ 68 em moedas, R$ 500 em dinheiro, roupas e aproveitaram para fazer um churrasco

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Antes de roubar uma joalheira, localizada em um shopping, na cidade de Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira, a quadrilha fez a gerente da loja e seu namorado, reféns na noite anterior. Mesmo planejando o assalto, eles roubaram dentro da residência R$ 68 em moedas, R$ 500 em dinheiro, roupas (calças jeans e camisas do Internacional de Porto Alegre) e aproveitaram para fazer um churrasco, segundo relataram os parentes das vítimas.

Segundo Veronice Capitó Araújo, mãe de Jaqueline Araújo, a gerente da loja, os bandidos tentaram ainda levar uma televisão recém comprada pelo casal, mas o aparelho não coube no carro das vítimas, um Ford Fiesta. "Teve um deles que saiu com três calças para conseguir levar toda a roupa", afirmou a mãe da vítima.

Segundo o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), os bandidos utilizaram a mesma estratégia de assaltantes de bancos, mas para obter pouco lucro, se comparado com a logística empregada pelo bando para executar um assalto dessa magnitude.

"Pelo valor das joias que eles levaram, podemos dizer que eles deram um tiro de canhão para matar passarinho", ironizou o delegado. "Não foi um valor expressivo", completou. Segundo ele os integrantes da quadrilha - ao menos oito pessoas ? não se preocuparam em esconder o rosto. As imagens do circuito interno do shopping estão sendo repassadas pela polícia.

Bomba de sabão

O grupo sequestrou o casal, na noite de quarta, em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Durante a noite, os dois foram levados para um cativeiro, onde ficaram até a manhã desta quinta, quando Jaqueline foi levada para a loja onde trabalhava no shopping Praia de Belas, acompanhada de uma mulher loira. A assaltante estava desarmada, portava apenas um objeto apresentado com um artefato explosivo para anunciar as pretensões criminosas aos funcionários.

As funcionárias foram levadas para o cofre da loja e orientadas a ficar por cerca de 20 minutos. Depois desse tempo, o explosivo se desarmaria automaticamente. O temor de uma bomba em um shopping fez com que a polícia evacuasse o local. Os funcionários mal tiveram tempo de recolher seus pertences. O esquadrão antibombas foi acionado, isolou o objeto, mas logo descobriu-se que se tratava de uma barra de sabão com fios e um teclado de celular.

Após o assalto, o casal foi libertado na região metropolitana de Porto Alegre. Durante a tarde, a polícia ouviu testemunhas para identificar os integrantes da quadrilha, que seriam ao menos três mulheres e cinco homens, que estariam escondidos na região metropolitana.

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