Nesta segunda-feira (15) a Polícia Federal inicia análise do barco encontrado à deriva com corpos no Pará. A embarcação foi trazida do alto mar para a terra firme durante o domingo (14). A perícia agora trabalha para identificar o número exato de vítimas bem como suas nacionalidades. A PF detalhou que serão utilizados protocolos de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), os mesmos usados em casos como a tragédia de Brumadinho, em 2019, e em acidentes aéreos e desastres naturais.
IDENTIFICAÇÃO E QUANTIDADE: O objetivo da DVI é permitir a identificação precisa e legal das vítimas, mesmo em estado avançado de decomposição, possibilitando a entrega dos corpos às famílias posteriormente. Embora haja suspeita de que as vítimas sejam estrangeiras, a confirmação só será feita após a perícia, de acordo com a Polícia Federal e os bombeiros.
RESGATE: O resgate da embarcação com os corpos teve início na manhã de domingo (14) e se estendeu por mais de 12 horas. A maré baixa tornou o traslado difícil, exigindo que o barco fosse conduzido em baixa velocidade. Após chegar em terra firme, a embarcação, ainda com os corpos, foi coberta com lona e amarrada. No entanto, mesmo com o auxílio de uma retroescavadeira, não foi possível retirar a água do interior do barco. O objetivo é transportar o barco em um caminhão da Marinha até o Instituto Médico Legal (IML) de Bragança.
Essa decisão foi tomada devido à falta de estrutura adequada no porto onde o barco atracou para realizar o trabalho de remoção dos corpos de dentro da embarcação com os cuidados necessários.
AUTORIDADES ENVOLVIDAS: Autoridades como a Polícia Federal, Marinha, Corpo de Bombeiros do Pará e os órgãos municipais, estaduais e federais se reuniram ainda no sábado na localidade de Tamatateua, onde fica o porto mais próximo do local da embarcação para trabalharem no resgate.