Em quase 10 anos de historia, a Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) surgiu em 2006 ainda no comando do Coronel Prado, após a identificação de uma demanda no reforço de policiamento na comunidade teresinense. A então companhia agregada ao Bope (Batalhão de Operações Especiais) foi criada para atender as demandas de média e alta complexidade nas ocorrências em que exigiam um policiamento mais especializado como assaltos com armas de fogo, roubos a bancos, sequestros e explosão de caixas eletrônicos. Com o tempo a unidade militar cresceu, se especializou e passou a atender em todo Estado do Piauí e sentiu-se a necessidade de se transformar a antiga companhia em batalhão.
Atualmente sob comando do coronel Souza, a corporação mostra um crescimento constante não somente na sua logística, mas principalmente na sua atuação na rua. Ela passou a participar de eventos com grande notoriedade em todo Estado como no mês de fevereiro nas festas carnavalescas nos principais municípios do Piauí, além de grande operações policiais de grande impacto para a sociedade.
“A nossa primeira conquista foi termos saído da condição de companhia e passado a ser batalhão. Nós melhoramos em estrutura de viaturas, numero de homens, antes funcionávamos em uma sala dentro do Bope e agora temos uma unidade com piscina semiolímpica, campo de futebol, ginásio poliesportivo. Foram grandes as conquistas nesses aspectos, mas mais do que isso nós passamos a participar das operações de forma mais intensa. Os maiores crimes e maiores prisões nós participamos e nos destacando no que diz respeito à apreensão de arma de fogo e drogas e prisões de elementos”, declarou.
O batalhão já participou de grandes combates, mas coronel lembra da atuação do comando no assalto a uma agencia bancaria no município de Luzilandia, em 2012, quando foram preso 11 acusados, além da recuperação de quase R$ 1 milhão que foi devolvido ao banco como uma das ocorrências mais marcantes. Em casos mais recentes o coronel lembra a participação na prisão de Adão José, acusado de comandar o crime que chocou o país no mês de maio de 2015, em que quatro adolescentes foram violentadas no município de Castelo do Piauí. "Nós colocamos as nossas viaturas para fazer uma saturação na área em que ele estava até conseguirmos efetuar a sua prisão", declarou.
Ele conta que a maioria das melhorias na corporação se deram ainda graças ao comando do atual secretário de Segurança Pública do Estado do Piauí, major Fábio Abreu. "A maioria ou quase a totalidade dessas conquistas se deram graças ainda no comando do Fábio Abreu e foi ele quem fortaleceu e trabalhou e quem deu muito sangue pelo batalhão. Eu assumi em janeiro deste ano e venho dando continuidade a esse trabalho sério e de compromisso com a sociedade", completou.
Batalhão tem engajamento com trabalho social
Com objetivo de ajudar a construir a cidadania, formação pessoal e intelectual de crianças e adolescentes o pelotão mirim da Rone funciona com a participação de jovens que vão até a unidade militar semanalmente e recebem orientações na área pedagógica, esporte e lazer. Além de receber noções de ética, de como se comportar perante a família e a sociedade.
"Isso é muito importante, hoje nós temos um dos maiores projetos sociais que pode ser feito por uma unidade militar no Piauí que é o pelotão mirin, que funciona toda semana com a participação de mais de 300 crianças inscritas. Não tem nenhum outro pelotão que atenda toda essa quantidade de meninas e meninos", disse.
Os participantes do projeto recebem também noções militares e participação de eventos esportivos ou em solenidades de datas comemorativas como Dia do Piauí e 7 de Setembro.
Rone realiza trabalho de capacitação
A corporação é a única unidade de polícia que desde o inicio passa por capacitação todos os anos e não somente para os militares que fazem parte dela, mas de outros batalhões ministrando aulas de noções de abordagem e tiros. O efetivo participa de constantes fiscalizações e demais intervenções e tudo ocorre com um planejamento prévio, contudo o coronel lembra que existem demandas que não podem ser planejadas como o caso do batalhão de choque.
"O Choque a gente não pode planejar, pois nós só entramos com esse batalhão quando existe um grande aglomerado de pessoas desordenadas e nesse momento temos que intervir. Temos também uma importante companhia de cães. Nós temos sempre um efetivo pronto para fazer reconhecimento de drogas e armas", declarou.