A Polícia Civil de Penápolis (SP) vai instaurar inquérito para investigar a morte de uma menina de 1 ano que deu entrada no pronto-socorro. A morte da bebê gerou uma onda de comoção e revolta nas redes sociais.
De acordo com o boletim de ocorrência, a criança chegou com rigidez cadavérica, diversas marcas roxas e dilaceração do ânus, aparentando violência sexual.
A médica responsável por receber a menina, que foi levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros, acionou a Polícia Militar após notar os sinais de violência e suspeitar da versão apresentada pela mãe.
Ainda conforme o boletim de ocorrência, a mãe e o padrasto da criança foram questionados sobre o ocorrido e disseram que colocaram a filha para dormir na noite de domingo (13) e perceberam que a criança estava morta somente quando foram acordá-la na manhã desta segunda-feira (14).
O policial militar que conversou com a mãe e o padrasto entrou em contato com o Conselho Tutelar, descobrindo que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima.
O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Penápolis. Exames periciais serão realizados no corpo da menina.
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente também se manifestou por meio de nota oficial. Uma comissão está sendo formada para averiguar a conduta do Conselho Tutelar. “Após relatado e apurado todos os fatos, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente irá encaminhar esses documentos ao Ministério Público para devidas providências”, afirma o comunicado.
O delegado Eugênio Pedro, que está a frente do caso, explicou por que nenhuma prisão foi efetuada até o momento. “O casal foi ouvido e liberado. Como que um delegado faz um flagrante sem laudo? Além disso, quem determina a prisão é o juiz, o delegado apenas repõe. Isso não descarta nada. Mas também não posso fazer muito sem laudo”, afirmou. Segundo ele, o laudo oficial demora pelo menos 30 dias, já que ainda deverá ser enviado para a capital paulista.