
Em Torres, no Rio Grande do Sul, a “Operação Acqua Toffana” investiga o caso de envenenamento familiar envolvendo Deise Moura dos Anjos, acusada de usar arsênio para matar três pessoas e intoxicar outras duas. O marido de Deise, Diego dos Anjos, descreveu a esposa como instável e briguenta, citando um desentendimento entre ela e sua mãe, Zeli, sobre os planos para o Natal. Zeli afirmou que Deise tinha “vergonha da família” e que o relacionamento dela com Diego trouxe o “fim da harmonia familiar”.
Desavenças e ciúmes doentios
Zeli revelou que Deise sentia ciúmes excessivos dela, copiando seu modo de vestir e se arrumar, e a chamava de “Naja” pelas costas. A sogra também confirmou que achou a farinha usada no bolo de Natal estranha, mas não suspeitou de contaminação.
Deise está presa preventivamente desde 5 de janeiro, acusada de triplo homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio. A defesa informou que contratará uma perícia particular para analisar os exames.
Tragédia familiar em duas etapas
A história começou com a morte de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, em setembro de 2024, inicialmente atribuída a uma intoxicação alimentar. A exumação do corpo revelou a presença de arsênio, confirmando o envenenamento. Três meses depois, na véspera de Natal, Zeli preparou um bolo de reis com farinha contaminada por arsênio, supostamente colocado por Deise. Cinco pessoas passaram mal, e três morreram, incluindo duas irmãs de Zeli e uma sobrinha.
A polícia descobriu que Deise recebeu arsênio pelos Correios, com sua assinatura no comprovante. Mensagens em seu celular mostram pesquisas sobre arsênio antes dos crimes e tentativas de encobrir seus rastros, como a intenção de cremar o corpo do sogro. Após o envenenamento, Deise levou um pastel para Zeli no hospital, que está sendo analisado pela perícia.
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