O brasileiro Vagner Luís Cardoso, de 34 anos, foi morto na noite do último sábado no apartamento em que morava com um amigo, em Zurique, na Suíça. Segundo amigos, uma mulher atirou pelo menos seis vezes contra Vagner e pelo menos três disparos o atingiram. Ele trabalhava como segurança no país e também lutava MMA. A imprensa suíça informa que uma mulher de 31 anos foi presa e confessou o crime.
Amigo do lutador há sete anos, o engenheiro Deividson de Souza, de 32 anos, treina na mesma academia que o brasileiro frequentava. Ele conta que Vagner era carioca, morava há cerca de dez anos no país e tinha um filho de dois anos com uma suíça. Segundo ele, a mãe e os familiares já foram informados do crime.
- Ele era segurança particular, ele fez até segurança do Lionel Messi quando ele veio para receber a Bola de Ouro aqui - disse Deividson.
- Ele estava sozinho em casa, no bairro de Affoltern. O amigo tinha saído. Ela entrou e, depois, os vizinhos escutaram seis tiros e três o acertaram. Os vizinhos o encontraram no corredor do prédio e chamaram a polícia. Não sei se ele tentou pedir ajuda, fazer alguma coisa. A polícia não deu muita informação, não sabe se foi uma ex-namorada. Só tem especulações - completou.
Deividson diz que o amigo nunca falou de nenhuma namorada e diz que o brasileiro era galanteador.
- Além de ser uma pessoa muita calma, ele era namoradeiro. Tinha 1,90m, era um tipo que chamava atenção.
Vagner chegou a viajar a países como Lituânia, Rússia, Alemanha e Itália para participar de competições de MMA, segundo o amigo. Deividson informa que o carioca comparecia à academia para treinar pelo menos duas vezes por semana.
Na página do Facebook da academia em que Vagner treinava, um amigo deixou uma mensagem.
?Perdemos esta noite um de nossos membros. Nosso grande garoto nos deixou com o coração extremamente quebrado! Godizila ..... Não era para ser assim. É triste que você tenha nos deixado tão cedo. Vamos sentir sua falta?, diz a mensagem em que o amigo afirma ainda que Vagner era um aluno ótimo e leal.
O apartamento está lacrado e nem o amigo que morava com o carioca pode entrar no local. No dia do crime, duas ambulâncias chegaram a ir ao prédio, mas Vagner já estava morto. Nenhum parente dele mora na Suíça.
O Ministério das Relações Exteriores, que confirmou o nome de Vagner, informou que a polícia suíça entrou em contato com as autoridades brasileiras no país para comunicar a morte. O Itamaraty informou a família do brasileiro sobre o crime, mas não soube dizer se algum parente está a caminho de Zurique. O consulado brasileiro está acompanhando o caso, mas ainda não recebeu mais informações da polícia local.