O brasileiro identificado como Begoleã Mendes Fernandes, de 25 anos, preso no aeroporto de Lisboa com carne humana, disse que levava o material na bagagem como prova da participação de outra pessoa em um ritual de canibalismo.
O suspeito foi detido na capital portuguesa. Às autoridades locais, ele confessou ter matado a facadas o também brasileiro Alan Lopes no último domingo (26) na Holanda.
Fernandes alegou legítima defesa. Ele disse que Lopes tentou matá-lo após oferecer carne humana para consumo e mostrar vídeos de canibalismo.
"Carne era prova". O brasileiro preso disse que recolheu o material em uma embalagem de plástico para apresentá-lo como evidência contra Lopes.
O relato foi dado a um inspetor que fazia o controle de passageiros no aeroporto após ele tentar embarcar de Lisboa para Belo Horizonte com documentos falsos.
A carne humana achada com o suspeito não pertence a Lopes. A informação foi confirmada pela polícia holandesa, de acordo com jornais locais.
À imprensa portuguesa, Carla Pimentel, mãe do brasileiro preso, repetiu a versão apresentada pelo filho. Ela disse ter aconselhado Fernandes a fugir para o Brasil.
Mandado de extradição. Begoleã foi preso na segunda-feira (27), no dia seguinte ao crime.
Inicialmente, ele foi preso por apresentar um passaporte italiano falso ao tentar embarcar. Horas depois, as autoridades holandesas enviaram a Portugal um mandado de captura e extradição dele por suspeita de homicídio.
Vestígios de sangue. Peritos recolheram DNA nas roupas e no corpo do brasileiro, que estava com vestígios de sangue. O resultado do exame do laboratório de polícia científica deve sair nos próximos dias. As autoridades portuguesas também apreenderam o celular dele.
Corte na mão direita. No momento da prisão, Fernandes estava com "um corte profundo na mão direita", segundo consta nos documentos do caso obtido pelo jornal português Expresso.