Brasileiro tem mais medo de perder o celular do que a carteira em roubo

85% dos entrevistados indicaram ter mais medo de furto ou roubo de seus aparelhos

Brasileiro tem mais medo de perder o celular do que a carteira em roubo | Reprodução
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Brasileiros têm mais medo de ter o celular roubado do que sua carteira, especialmente devido à possibilidade de os bandidos invadirem a conta bancária e fazerem transferências por Pix, no chamado 'golpe do limpa tudo'. De acordo com uma pesquisa encomendada pela TecBan, proprietária do Banco24Horas, 85% dos entrevistados expressaram maior receio em relação ao furto ou roubo de seus dispositivos. Quando o tema é golpe financeiro, as fraudes relacionadas ao Pix lideram entre as preocupações.

As principais preocupações dos entrevistados são:

- Ter o celular furtado ou roubado e ter o dinheiro retirado da conta via Pix: 65%

- Ter os dados vazados na internet: 64%

- Ser vítima de golpe ou fraude financeira que utilize Pix para retirar o dinheiro da conta: 62%

- Ser forçado a fazer transferência via Pix: 56%

- Ter o cartão de crédito clonado após uma compra online: 61%

- Ter os dados do cartão de crédito/débito utilizados para fazer compras sem autorização: 61%

pagar um boleto falso (golpe): 51%

- Ter o cartão de crédito clonado após uma compra física em um estabelecimento comercial: 60%

A pesquisa "Relação dos brasileiros conectados à internet com serviços financeiros e com caixas eletrônicos" foi realizada de 25 de setembro a 6 de outubro de 2023, de forma online e com abrangência nacional. Foram entrevistadas 1.519 pessoas, de todas as classes econômicas. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.

Mesmo com a evolução do Pix, 21% dos brasileiros ainda depositam dinheiro em caixas eletrônicos, segundo a pesquisa. Dentre os que colocam dinheiro nos caixas, 34% fazem isso porque recebem em espécie e o depositam para pagar contas. Outros 22% depositam o salário para que ele renda na conta bancaria e 19% fazem depósitos para pagar outras pessoas.

Conforme indicado pela pesquisa, cerca de 20% dos brasileiros conectados à internet e que possuem alguma fonte de renda optam por receber seu pagamento em dinheiro. Essa modalidade de remuneração ocupa a terceira posição entre as opções listadas e é mais prevalente nas classes econômicas mais baixas (C, D e E). Aproximadamente 29% dos entrevistados afirmam utilizar dinheiro físico como uma das principais formas de pagamento em seu cotidiano. Notavelmente, o dinheiro está empatado com o cartão de crédito tanto como a forma de pagamento principal quanto na modalidade preferida. 

Nas classes C, D e E esse número sobe para 32%. No Nordeste, o índice chega aos 40%. Segundo o estudo, os principais motivos de preferência para uso do dinheiro são (pergunta de resposta única):

- Lugares que só aceitam dinheiro: 22%

- Já estou acostumado a pagar em espécie: 15%

- Ao usar dinheiro consigo controlar melhor meus gastos: 10%

- Pagando em dinheiro é possível ter descontos: 13%

- É mais prático: 9%

- Recebo meu salário em dinheiro: 6% (nas classes C, D e E, esse índice sobe para 8%)

- Me sinto mais seguro ao sair apenas com o dinheiro que vou utilizar naquele momento: 6%

- Não preciso pagar taxas: 6%

- Tenho medo de ter o cartão clonado e ficar sem dinheiro: 4%

- Tenho medo de ser roubado, perder o cartão: 4%

- Não tenho cartão: 3%

BRASILEIROS COM CONTA EM BANCO

Conforme a pesquisa, 95% dos brasileiros conectados à internet possuem contas em bancos. Entre esses, aproximadamente 67% são clientes tanto de instituições com agências físicas quanto de bancos digitais. Notavelmente, cerca de 14% têm exclusivamente contas digitais, marcando um aumento em relação aos 9% registrados em 2022.

Apesar do crescimento da digitalização, o saque em dinheiro também apresentou um aumento significativo. No total, 54% dos brasileiros conectados à internet afirmam que essa é uma das principais operações realizadas diariamente, representando um acréscimo de 12 pontos percentuais em comparação com a pesquisa realizada em agosto de 2022.

Outras funções utilizadas com frequência são: pagar contas (69%), receber dinheiro (67%), consultar saldo e extrato (60%), comprar no cartão de crédito (50%), recarregar o saldo do celular (41%) e fazer depósitos (42%). A pesquisa demonstrou ainda que 69% já deixaram de fazer alguma transação financeira por instabilidade da conexão com a internet e, 60%, por problemas de conexão com o banco.

(Com informações da FolhaPress)

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