Em sua explanação durante a fase de debates do júri do goleiro Bruno Fernandes, o promotor Henry Wagner de Castro sustentou que o atleta articulou e comandou o sequestro e a morte de Eliza Samudio.
"Bruno é o articulador, ele estava no controle, no comando, na direção e na ordenação", disse o promotor, no início da tarde desta quinta-feira (7), ao Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).
De acordo com Castro, Bruno trocou ligações com seu primo Jorge Luiz Rosa, menor à época dos fatos, no noite do dia 4 de junho de 2010, data em que teria começado o sequestro de Eliza. No momento das ligações, o goleiro estava concentrado para uma partida do Flamengo, que ocorreria no dia seguinte.
Segundo o promotor, após falar com Jorge, o goleiro telefonou para Elenilson Vítor da Silva, administrador do sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), para "preparar o cativeiro" de Eliza.
Em seu interrogatório, o atleta afirmou que não trocou telefonemas com Macarrão ou Jorge no dia 4 de junho e que o seqüestro de Eliza foi iniciativa da dupla. Exaltado, o promotor qualificou Bruno como um "facínora". "Como a pessoa se diz inocente com tanta cachorrada dentro de si", afirmou Castro.