No primeiro dia de visitas desde que está preso na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), o goleiro Bruno Souza ganhou um bolo caseiro, pães e refrigerante de sua avó Estela Trigueiro de Souza, 78 anos. Bruno e outros dois acusados pelo desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do jogador, tiveram no domingo o primeiro contato com seus parentes no presídio.
As visitas passaram boa parte do dia no pátio da unidade e tiveram todo o encontro monitorado por agentes penitenciários. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (Seds), somente a partir da próxima semana as visitas deixarão de ser acompanhadas. A presença de jornalistas na entrada do presídio incomodou os familiares, que não quiseram dar entrevista. Além do carinho, os presos receberam comida e objetos de uso pessoal.
Às 13h30, a avó de Bruno chegou à penitenciária. Abalada, ela entrou na unidade acompanhada por um tio do goleiro, também cadastrado para a visita. A mãe do menor J. - primo do atleta que revelou a trama do assassinato de Eliza e depois negou -, estava junto com Estela. A idosa, que criou Bruno desde que ele foi abandonado por seus pais na infância, levou um bolo caseiro, pães e refrigerante para o lanche do neto. Estela deixou o presídio às 17h, no final da visita.
Afastado do Flamengo, Bruno aproveitou o resto do dia para saber sobre o desempenho de seus ex-companheiros de time no Campeonato Brasileiro, através da TV de 14 polegadas que recebeu de parentes e que foi instalada em sua cela.
Na rede de microblogs Twitter, em uma suposta página do advogado do goleiro, Ercio Quaresma, havia uma crítica à presidente do Flamengo. "Patrícia Amorim, espero que a mesma pena usada para assinar a carta de demissão do goleiro Bruno assine o cheque para pagar os salários e luvas que estão atrasados (sic) do atleta", disse. Procurado para informar se postou a mensagem, o advogado não atendeu as ligações.