Cabo da PM mata jovem negro por achar que ele havia roubado celular

Só que o militar havia esquecido o celular dentro do carro

cabo | reprodução
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Uma discussão fútil terminou em tragédia. Um policial de 29 anos foi preso em flagrante após ter matado Clayton Abel de Lima, um jovem negro, 20, na Zona Norte da capital paulista. O cabo Silvio Pereira dos Santos Neto acusou a vítima de ter roubado um celular e acertou dois tiros nela.

Porém, o aparelho havia sido esquecido pelo PM dentro de seu carro.

O caso é mais um que expõe o racismo estrutural do Brasil, o País que mais mata jovens negros no mundo.

Cabo Silvio Pereira aitrou e matou o jovem Clayton Abel, de 20 anos

Como aconteceu 

Ambos foram vistos juntos por volta das 3h da manhã de sábado num bar na Vila Medeiros. Testemunhas contaram ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que eles estavam bêbados e começaram a discutir depois de algum tempo.

O policial acusou o jovem de ter furtado o celular e logo sacou a arma da cintura para efetuar os disparos.

À Polícia Civil, frequentadores do bar afirmaram ainda que, em certo momento, ouviram dois disparos de arma de fogo, efetuados pelo cabo da PM com um revólver Taurus. Uma testemunha desarmou o policial, que estava bastante agitado.

Em depoimento na delegacia, Silvio Neto disse que havia sofrido tentativa de roubo e, por isso, foi obrigado a reagir. Durante perícia no carro, além do celular, a PM encontrou um cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e um boleto bancário no nome da vítima.

O Ministério Público Estadual denunciou o policial por homicídio qualificado por motivo fútil. Ele deverá ser indiciado por homicídio doloso (quando há a intenção clara de matar).

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