O cacique, de 36 anos, da aldeia índigena "Nova", localizada em Brasnorte, distante 580 quilômetros de Cuiabá, e outros dois índios da etnia Rikbatsa foram presos na noite desta segunda-feira (11) por suspeita de matar a facadas um trabalhador braçal, de 54 anos, durante uma briga em um bar na região central de Juína, a 737 quilômetros da capital.
Segundo informações da Polícia Militar do município, a vítima, que sofreu traumatismo craniano e hemorragia interna, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já em estado de coma, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo após chegar ao Pronto-Socorro.
Em depoimento à polícia, o cacique informou que estava em um bar na companhia de uma mulher, que recebeu uma ligação telefônica, supostamente do homem que foi assassinado, difamando os índios. Conforme relatos do líder indígena, a vítima teria atingido o outro índio no estômago usando uma faca, que reagiu dando-lhe golpes com taco de sinuca.
Enquanto isso, o cacique, ainda segundo a polícia, tomou a faca das mãos do homem e o feriu gravemente. "Quando a PM chegou ao local encontrou o corpo do homem estendido no chão, com muito sangramento, e várias outras pessoas no bar que não teriam participado da briga foram ouvidas", informou um tenente ao G1.
Além dos dois índios, também foram encaminhadas à Delegacia da Polícia Civil de Juína outras quatro pessoas para prestar depoimento. Destas, duas também são indígenas e, de acordo com o boletim de ocorrência, não estariam envolvidas no crime. As testemunhas ainda prestam depoimento à Polícia Civil na manhã desta terça-feira (12).