Com a vinda do Núcleo de Ciências Forenses para o Cariri, houve uma significativa melhora em relação ao sepultamento dos corpos dos indigentes. Pelo menos é o que diz a ex-administradora do Cemitério São João Batista, no Novo Juazeiro, Rejane Nunes da Silva, que recentemente deixou de trabalhar no local. Ela afirma que antes do Núcleo, mais conhecido por IML de Juazeiro, havia situações em que corpos eram deixados na porta do cemitério, sem identificação, e a única alternativa era enterrá-los, mesmo sem caixão.
Foram fatos isolados, conforme a ex-administradora, que hoje não acontecem mais. Segundo ela, normalmente no cemitério são deixados alguns caixões doados por famílias, principalmente de idosos, que preferem ser enterrados sem caixão. ?Eles doam em vida e pedem para as suas famílias repassarem aos mais pobres?, diz o atual gerente do cemitério, Dagmar Granjeiro Cruz.
Somente este ano, foi dada entrada no São João Batista, seis corpos de indigentes, todos do sexo masculino. Todas as fichas são guardadas no cemitério. O diretor do Núcleo, legista Francisco José Sales de Siqueira, afirma que não tem tido dificuldades para sepultar os corpos dos indigentes.