Cantor brasileiro barrado na Espanha

Pyterson trabalha em projetos sociais com artistas como Gabriel O Pensador

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Brasileiros continuam queixando-se de tratamento descortês, agressivo e até brutal ao qual são submetidos por policiais no Aeroporto Internacional de Barajas, em Madri.

O cantor de hip hop Pyterson Batalha diz que ficou 50 horas preso numa sala e que foi submetido a constantes interrogatórios.

Ele seguia do Brasil para Roma, na Itália, onde mora a namorada. Na conexão em Madri, o cantor acabou retido pela imigração.

Pyterson trabalha em projetos sociais com artistas como Gabriel O Pensador.

Ele afirma que atendeu às exigências das autoridades, no Aeroporto de Madri. Tinha documentos, passagem de ida e volta, reserva em hotel e dinheiro suficiente para a viagem. Mesmo assim foi deportado, no último dia 5.

Mas para o serviço de imigração espanhola, Pyterson não cumpriu todas as exigências da Comunidade Européia. A embaixada da Espanha, em Brasília, informou na noite desta quinta-feira (15) que o cantor não tinha reserva em hotel e levava apenas 60 euros e pouco de mais de 400 reais no bolso.

Guinga

Em relação a um outro caso, em que houve até agressão física, a embaixada vai esperar um relatório da polícia espanhola para se pronunciar.

O compositor carioca Guinga, que já teve canções gravadas por Elis Regina e Chico Buarque, voltava de uma viagem da Itália. Depois de uma turnê, pegou um avião em Roma no dia 9 de janeiro. Na conexão no Aeroporto de Madri começaram os problemas.

Ele conta que pouco antes do embarque, quando passava os pertences pela esteira de raio-x, um casaco sumiu. Na roupa estavam dinheiro e todos os documentos.

Segundo Guinga, os policiais o mandaram procurar a embaixada brasileira, que estava fechada porque era sábado.

?Falei com uns 20 policiais diferentes. Eu já não agüentava mais. Aí eu me exaltei, falei alto com o policial. Nisso eu tomei um soco na boca, que me quebrou dois dentes. Diante dessa situação, só me restou chorar?, relata o compositor.

Guinga ficou duas horas no aeroporto até encontrar o casaco numa lata de lixo, sem o dinheiro. Mas com a passagem e o passaporte conseguiu voltar ao Brasil.

?Que isso não se suceda com nenhum outro brasileiro, com nenhum ser humano?, diz.

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