O promotor Francisco Cembranelli, que atua no caso da morte de Isabella Nardoni, contou na tarde desta sexta-feira (6) que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina, não quiseram tirar sangue para comparação de material genético. “Eles só concordaram em fornecer a saliva e partes do cabelo”, disse o promotor. A coleta foi feita a pedido da Justiça. Nardoni e Anna Carolina estão presos em Tremembé, no interior de São Paulo.
De acordo com Cembranelli, os três legistas do Instituto Médico-Legal de São Paulo começaram a coleta no pai de Isabella por volta de 11h15. Em seguida, foram à penitenciária feminina, que fica a poucos minutos da unidade masculina, e retiraram o material genético de Anna Carolina.
Os dois são acusados de ter atirado Isabella da janela do 6º andar de um prédio, em março de 2008, quando a criança tinha cinco anos. O pedido para a realização dos exames foi feito pela defesa do casal, que quer verificar a origem do sangue depositado no Instituto de Criminalística de São Paulo (IC). “Eles se recusaram a fazer o exame de sangue e assinaram um documento dizendo que estavam recusando”, informou o promotor, que acompanhou o trabalho dos legistas, assim como duas advogadas que representavam o advogado Roberto Podval, contratado para defender o casal. No escritório de Podval, a informação na tarde desta sexta era de que ele estava em reunião e não poderia falar com a reportagem.
Embalado e lacrado, o material genético dos dois deve chegar ainda nesta sexta ao IC, onde será comparado com o já existente no local. Para Cembranelli, não faz diferença se Nardoni e Anna Carolina não quiseram fornecer amostras de sangue. “Com o que temos há a possibilidade de fazer a comparação genética”.