A Justiça do Amazonas expediu, na noite desta sexta-feira (17), o mandado de prisão em nome de Jeferson da Silva Lima, vulgo “Pelado da Dinha”. Ele é apontado pela Polícia Federal como o terceiro suspeito por envolvimento na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
“Pelado da Dinha” está foragido, segundo o boletim divulgado pela PF (leia íntegra da nota abaixo). A participação de um terceiro envolvido no crime já era cogitada pela autoridades.
Um dia após o encontro dos restos mortais do indigenista do jornalista, a Polícia Civil cumpriu na quinta-feira (16) mandado de busca e apreensão na casa de um suspeito que ainda não teve o nome divulgado pela Polícia Civil do Amazonas.
Além dele, os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" – que confessou o crime nesta quarta (15) –, e Oseney da Costa de Oliveira também estão presos em Atalaia do Norte, a 1.136 quilômetros de Manaus.
A PF e a Polícia Civil do Amazonas seguem em buscas da localização deste terceiro suspeito e solicitam apoio da população com informações sobre o paradeiro dele.
Em nota divulgada nesta sexta, a Polícia Federal também informou que as investigações apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime. Segundo o texto, a apuração continua e novas prisões podem ocorrer, mas o inquérito aponta "que os executores agiram sozinhos".
Veja a nota na íntegra do boletim da PF:
O Comitê de Crise coordenado pela Polícia Federal/AM, informa a existência de mandado de prisão expedido pela Justiça Estadual de Atalaia do Norte em desfavor de Jeferson da Silva Lima, vulgo “Pelado da Dinha”, não localizado até o momento.
A PF e a PC continuam envidando esforços na localização e prisão do elemento foragido.Solicita, ainda, àquele que tiver alguma informação que venha contribuir com as buscas, que comuniquem as autoridades imediatamente.
Perícia da PF confirma que restos mortais são de Dom Phillips
A Polícia Federal confirmou que os restos mortais encontrados na Amazônia na última quarta-feira (15) são de Dom Phillips. O resultado foi obtido a partir de análise da arcada dentária do jornalista inglês.
A perícia deve confirmar ainda nesta sexta-feira (17) se o outro material é do indigenista Bruno Araújo Pereira, que desapareceu junto com Phillips no último dia 5.
"A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal combinado com a Antropologia Forense. Encontram-se em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos", informou a PF, em nota.
Dom e Bruno estavam desaparecidos desde 5 de junho, enquanto faziam uma viagem na terra indígena do Vale do Javari (AM). Duas pessoas foram presas por envolvimento no crime (relembre abaixo). O material chegou para análise no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, na noite de quinta-feira (16).
A PF também informou hoje que as investigações apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime. Segundo o texto, a apuração continua e novas prisões podem ocorrer, mas o inquérito aponta "que os executores agiram sozinhos".
A nota divulgada pelo comitê de crise, coordenado pela PF, afirma que a apuração continua e novas prisões devem ocorrer, mas segungo as investigações '' os executores agiram sozinhos".
Dois presos
Duas pessoas já foram presas por envolvimento nos assassinatos de Bruno e Dom: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" – que confessou o crime na quarta (15) –, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira.
"As investigações também apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito. Por fim, [o comitê de crise] esclarece que, com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer", diz o comunicado.
"Manaus/AM – O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que a Polícia Federal, confirma que os remanescentes de Dom Phillips fazem parte do material que foi recolhido no local apontado pelo Sr. Amarildo da Costa Oliveira, que estão sendo periciados no Instituto Nacional de Criminalística.
A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal combinado com a Antropologia Forense. Encontram-se em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos".