Caso Hyara Flor: família suspeita do crime continua foragida da Polícia

A adolescente morreu asfixiada pelo próprio sangue após ser atingida por disparos.

Adolescente morta a tiros | Reprodução/Redes Sociais
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Hyara Flor Santos Alves, uma adolescente de 14 anos , foi morta a tiros em uma quinta-feira ,6 de junho. O caso foi registrado na cidade de Guaratinga , extremo Sul da Bahia. Segundo a polícia, em investigação preliminar, no crime foi utilizado uma pistola calibre .380 e o caso foi aberto para investigação como feminicídio.

Após ser baleada, Hyara Flor foi conduzida ao Hospital Municipal de Guaratinga pela família do marido, entretanto,não sobreviveu. Ao chegarem à unidade médica, os familiares afirmaram que o disparo havia sido acidental, mas os funcionários, suspeitando da situação, prontamente acionaram a Polícia Militar.

O laudo da necropsia divulgado na última quinta-feira (13) revela que a adolescente morreu asfixiada pelo próprio sangue após ser atingida pelos disparos. Ainda de acordo com as investigações, os principais suspeitos do crime são o marido de Hyara, um adolescente de 14 anos e a família dele.

Hyara havia se casado e iniciado uma nova vida junto a um jovem. Ambos seguiam a tradição cigana e eram fiéis à tradição, a cerimônia de casamento tinha sido devidamente autorizada pelas suas respectivas famílias. Ainda de acordo com o laudo da perícia, foi constatado que o tiro que atingiu a jovem foi disparado por alguém a uma distância de no máximo 25 centímetros. A bala penetrou pelo pescoço e se alojou na vértebra cervical da adolescente.

Ainda não é possível determinar se o tiro foi intencional ou acidental, mas as autoridades policiais solicitaram à Justiça a apreensão do marido de Hyara, uma vez que ele é menor de idade.

A família da vítima mantém a posição de que ela foi assassinada pelo próprio marido, a mando do pai dele, como um ato de vingança relacionado a um suposto envolvimento amoroso extraconjugal entre a mãe do adolescente e um tio de Hyara. A advogada que representa a família de Hyara suspeita que o crime se caracterize como feminicídio, uma vez que foi cometido em razão de sua condição de mulher.

Conforme as informações do delegado responsável pela investigação, um tio do garoto é a única testemunha que alega ter visto o adolescente segurando a arma. Outro tio do jovem afirmou desconhecer o paradeiro da família e demonstrou surpresa diante de todos os acontecimentos ocorridos.

"Para mim, ele não iria fazer isso. Foi nascido e criado aqui com a gente. Nunca vi coisa dele assim, de briga, essas coisas", disse.

Após rastrear o veículo, a polícia constatou que a família do adolescente evitou as rodovias movimentadas e optou por trajetos através de pequenas cidades na Bahia e no Espírito Santo, chegando finalmente a Vitória. Na capital capixaba, tentaram buscar abrigo na casa de parentes.

Conforme a investigação, durante o percurso, passaram por uma colônia de ciganos em Cariacica, na Grande Vitória. Logo em seguida, desapareceram, a polícia da Bahia segue em busca da família fugitiva.

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