O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) delegado Francisco Costa, o ‘Baretta’, informou em entrevista à Rede Meio Norte que dois presos acusados de estarem envolvidos na tentativa de assalto que culminou com a morte do estudante de Direito João Pedro Lima Teixeira, na última sexta-feira (17), já foram liberados.
Segundo Baretta, A.M.S., de 21 anos, que é acusado de ser o receptador dos objetos roubados e R.F.O, acusado de dar apoio à dupla na hora da fuga foram ouvidos e soltos em seguida. Apenas V.D.M.S, de 20 anos, que é apontado como autor do disparo que matou o estudante continua preso.
"Os outros dois foram conduzidos, um que o Vitor teria peitado para dar fuga, mas ele não aceitou e o outro que é responsável por fazer a receptação dos telefones furtados e roubados, esses indivíduos foram ouvidos, foram liberados. A autoridade policial achou por bem não autuá-lo por receptação até porque o crime de receptação é um crime apesar de ser autônomo, mas é parasitário, ele depende do crime anterior, portanto a autoridade policial resolveu ter a cautela, fazer os levantamentos necessários, da procedência desses telefones e ve se ele se enquadra na receptação qualificada ou em uma associação criminosa”, declarou o delegado.
Ainda segundo Baretta, V.D.M.S disse em depoimento à polícia que queria atirar para cima no momento do assalto. “Foi ele quem efetuou os disparos, inclusive no depoimento dele ele falou que queria atirar para cima, não queria matar. Só que o crime, o roubo seguido de morte ele não admite isso, ele atirou, matou o rapaz durante um assalto e vai responder, está preso e autuado em flagrante.
PILOTO DA MOTO IDENTIFICADO
O DHPP já identificou o quarto suspeito de participação na morte do estudante. Trata-se de D.S.B., de 27 anos, que estava em liberdade condicional.
A namorada de V.D.M.S, também foi liberada após depoimento. "A namorada do indivíduo foi liberada, prestou depoimento, colaborou com a investigação. Estamos fazendo os devidos levantamentos porque aqui a gente investiga para prender e não prende para investigar".
OITO PASSAGENS
O delegado comentou ainda sobre o fato do preso ter oito passagens pela polícia pelos crimes de roubo, receptação, porte ilegal de arma e latrocínio.
“Você ver que nós temos uma progressividade no crime, não cabe a Polícia Civil, o aparelho de segurança, avaliar criminologicamente um indivíduo desse porque nós temos o poder judiciário e o Ministério Público, então cabe a nós cumprirmos o nosso dever de investigar, identificar e prender. Isso nós estamos fazendo, infelizmente esse indivíduo faz do crime o seu meio de vida, estava na rua, cometeu um crime hediondo, tirou a vida de um rapaz com um futuro promissor na flor da idade. Agora o poder legislativo e eu vejo que cada ano que se próxima a eleição se fala em mudança, mas ninguém se preocupa com o crime. A lei tem que ter o rigor, tem tanta lei que passaram a ser letra morta, é hipocrisia, as pessoas falam tanto em lacuna da lei, mas não falam também na mesma intensidade que esses indivíduos são postos em liberdade. Vale destacar que esses indivíduos já estavam naquela região tentando praticar assaltos, inclusive duas pessoas foram abordadas. Eu peço para a população que quando ver essas pessoas avisem a Polícia Militar, ligue 190, uma viatura poderia estar próximo e poderia ter evitado essa morte”.