Caso Kemilly Hadassa: Perícia aponta que menina de 4 anos foi estrangulada

De acordo com o suspeito, quando a menina começou a chorar, ele então resolveu matá-la. Mãe será investigada por abandono de incapaz.

Perícia aponta que menina de 4 anos foi estrangulada | Reprodução
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Nova Iguaçu (RJ) - O laudo médico da Polícia Civil apontou que a menina Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, estuprada e morta pelo próprio primo, foi estrangulada pelo rapaz, identificado como Reynaldo Nascimento, que está preso temporariamente. O corpo da vítima foi encontrado em um saco de ração. 

Após o crime, populares detiveram Reynaldo, de 22 anos. À polícia, ele contou que, após pegar a menina, a levou para uma casa abandonada, nas proximidades da casa da vítima, e a estuprou. De acordo com o suspeito, quando a menina começou a chorar, ele resolveu matá-la.

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Reynaldo relatou ainda que "ficou com pena" e resolveu enganá-la e não degolar a menina. No corpo de Kemilly Hadassa havia sinais e marcas de faca no pescoço. A família da criança chegou ao IML - Instituto Médico Legal por volta das 13h desta segunda-feira (11). O assassino chegou pouco depois, para fazer o exame de corpo de delito.

“Fizemos a perícia (no corpo), o tio reconheceu o corpo. As partes genitais da menina estavam bem machucadas”, disse o delegado Mauro César à TV Globo.

A Polícia Civil ainda investiga a probabilidade da participação de outras pessoas no crime. No entanto, a polícia descarta a participação da mãe do suspeito. Por sua vez, a mãe de Kemilly Hadassa Silva, Suelen Silva, será investigada por abandono de incapaz, já que a menina foi deixada sozinha em casa com os irmãos menores.

Primo diz que matou menina de 4 anos após ela chorar depois de ser estuprada | FOTO: Reprodução

“Vamos investigar a participação de outras pessoas. (Mas) Não ficou comprovada a participação da mãe [...] A mãe será investigada porque é agente garantidora. Queremos saber a responsabilidade dela nessa tragédia que aconteceu neste final de semana”, explicou o delegado Mauro César à TV Globo.

Reynaldo foi transferido para o presídio de Benfica, na Zona Norte, que é a entrada do sistema penitenciário. Ele vai responder por homicídio qualificado e estupro de vulnerável.

TIO DA VÍTIMA DESCONFIOU DO SUSPEITO

O tio de Kemilly, Emerson Silva Roque, de 37 anos, um dos responsáveis pelo reconhecimento do corpo, disse que espera que o suspeito pague pelo crime. Ele contou que imediatamente desconfiou de Reynaldo porque há dois meses ele roubou uma mulher perto da casa deles e tentou abusar dela.

“Minha sobrinha está com o rosto deformado, irreconhecível, de tanto que ele bateu. Eu só quero que esse cara seja preso. Ele tava aí dentro agora como se nada tivesse acontecido. Eles são monstros”, disse o pintor Emerson ao G1. 

Segundo Emerson, um vizinho relatou que ouviu gritos nos fundos da casa dele. Ele foi até a casa da prima Adriana, que é mãe do suspeito, e encontrou numa casa abandonada manchas de sangue. A prima teria dito que o sangue seria de um cachorro. Emerson diz que a prima ajudou a esconder o corpo da menina.

“De madrugada, [ela] saiu com ele de moto, com o corpo no saco, ajudou e enterrou”, afirmou ao G1.

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